Vereador e familiares de autistas aguardam com ansiedade a distribuição dos colares de girassol
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O mês de abril é o mês de conscientização do TEA (Transtorno do Espectro Autista), que é um transtorno de neurodesenvolvimento ocasionado pelo déficit na comunicação social. O neurodesenvolvimento nada mais é do que o desenvolvimento do sistema nervoso, o que inclui as partes motora e sensorial; a comunicação; a linguagem; comportamentos e emoções. Vale lembrar que o Autismo não é doença.
Em 2016, na Inglaterra, a Hidden Disabilities Sunflower criou um símbolo para identificar quem tinha TEA, foi então que surgiu o Colar de Girassol, ou Cordão de Girassol, o objetivo era atender uma demanda da equipe do aeroporto de Gatwick, para desenvolver uma ferramenta que promovesse inclusão e acessibilidade de maneira simples, já que o portador do espectro autista não é pessoa doente. Rapidamente a ideia do Cordão de Girassol se espalhou para o mundo.
No Brasil ele é amplamente usado para identificar as pessoas. Em Lavras, por exemplo, já existem até mesmo vagas de estacionamento para quem tem o transtorno, bem como preferência em filas de supermercados, farmácias e outros.
Em Ribeirão Vermelho, no ano passado, o vereador Tiago Moreira (PP) apresentou o projeto de lei 02/2023 que foi votado e acatado por unanimidade pelos vereadores daquela cidade. Este projeto visava instituir o uso do Colar de Girassol como instrumento auxiliar de orientação para a identificação de pessoas com deficiência oculta naquele município.
O projeto, aprovado por unanimidade pelos vereadores, foi sancionado pelo prefeito Welder Marcelo Pereira. A distribuição dos colares ainda não aconteceu naquele município. Segundo contato com o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), a não distribuição dos colares até a presente data foi justificada pela burocracia dos tramites de licitação pública para a aquisição dos assessórios, que tem uma finalidade específica. Mas a lei já está em vigor.