Rua não tem passeio e o mato avança, os pedestres são obrigados a andarem no meio da via, se expondo ao perigo
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Os moradores do bairro Belvedere estão enfrentando um problema. Uma boa parte do bairro é cortada pela linha férrea que está desativada há anos e não existe previsão que ela algum dia volte a operar. O antigo leito ferroviário se transformou num matagal e esconderijo de marginais, se transformou num ponto de uso e venda de drogas.
Os moradores do bairro enfrentam dois problemas: o abandono da concessionária do trecho, a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) VLI e da Prefeitura de Lavras, ninguém toma uma iniciativa para manter pelo menos limpa as imediações do bairro. Na prefeitura alegam que é um problema da FCA, por outro lado a concessionária do trecho ignora a existência dos moradores.
Os moradores estão tendo de conviver com animais peçonhentos, com desbarrancamento e consequente comprometimento da rua, que tem inúmeras rachaduras, comprometendo a qualidade do asfalto. Os problemas se agravam com a chegada do inverno, da seca, quando são frequentes as queimadas. Os moradores são obrigados a conviver com a fumaça, fuligem, aranhas, cobras, ratos e outros animais que são espantados pelo fogo.
Os moradores ainda enfrentam um problema sério: algumas pessoas desavisadas jogam lixo no meio do mato e ele fica camuflado na vegetação e com as chuvas, se transformam em criadouros de mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Para agravar a situação, o cenário de abandono por parte do poder publico tem encorajado dependentes químicos de ficarem na linha e na avenida Roma próximo da passagem para a avenida Sylvio Menicucci. Importante ressaltar que os dependentes chegaram a montar acampamento próximo a linha, encorajados pela fácil fuga e possibilidade esconder-se de investidas das forças de segurança. Já teve registros no local de roubos e até tentativa de estupro.
Os moradores do bairro querem uma solução para esta situação e pedem aos poderes Legislativo e Executivo que intercedam junto a FCA VLI para que o trecho seja limpo ou então, que os poderes possam reivindicar o trecho para o município, para que o leito desativado da ferrovia se transforme numa avenida, o que seria muito bom para a mobilidade urbana, a exemplo de Três Corações, que asfaltou o leito ferroviário, colocando um fim ao problema que também afligia os moradores daquela cidade.
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