Manifestação dos caminhoneiros na BR-381 (Foto enviada pelo leitor Victor Soares Carvalho)
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Os caminhoneiros estão dispostos a manter a paralisação a qualquer custo, eles já mantêm o bloqueio parcial em pelo menos sete trechos de rodovias federais mineiras. O protesto iniciou há cerca de 48 horas e impede a passagem de veículos de carga. Somente carros menores e ônibus têm a circulação liberada pelo comando.
A Autopista Fernão Dias, concessionária que administra a BR-381 entre as capitais mineira e paulista, divulgou às 11h10 da manhã desta terça-feira uma nota sobre a situação da BR. A fila de caminhões retidos aumenta a cada hora e os veículos leves, que estão liberados para passar, estão enfrentando grandes congestionamentos.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também divulgou nota informando os pontos de interdição. Ontem à tarde a paralisação teve um momento tenso em Perdões, onde tem a maior concentração de veículos e o congestionamento chegou a cinco quilômetros. No local, alguns caminhoneiros ao verem os carros de passeio transitando, tentaram 'furar' o bloqueio. Eles foram parados por outros manifestantes, que jogaram cones e outros objetos contra as cabines. Alguns chegaram a ter o caminhão apedrejado.
O trânsito está liberado apenas para motocicletas, carros e ambulâncias. A ordem era para que os caminhoneiros parassem no final da fila, mas os motoristas que tentaram seguir viagem tiveram os documentos recolhidos pelos manifestantes e devolvidos só depois que fizeram o retorno.
A manifestação tem pontos de bloqueio nas cidades de Lavras, Perdões, Santo Antônio do Amparo, Oliveira e Igarapé. A paralisação já causa reflexos nos postos de combustíveis ao longo da rodovia, também já tem reflexo no comércio por causa do desabastecimento.
A greve dos caminhoneiros já afeta as indústrias. A Fiat resolveu dispensar funcionários dos turnos da tarde e da noite segunda-feira e dos dois primeiros de terça. Segundo a empresa, caminhões carregados com peças ficaram presos no protesto, afetando o estoque de componentes utilizados na montagem dos veículos.
A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com ações na Justiça Federal em sete estados para pedir a suspensão imediata dos bloqueios de rodovias promovidos por caminhoneiros. A AGU, além de pedir a adoção de medidas necessárias para garantir o direito de ir e vir das pessoas, liberando as pistas para livre circulação, solicitou ainda a fixação de multa de R$ 100 mil para cada hora que os manifestantes se recusarem a liberar o tráfego. As ações foram ajuizadas simultaneamente nos em Minas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Os caminhoneiros protestam contra o aumento do preço do óleo diesel e o valor do frete, que não teve reajuste, além dos preços de pneus e outros produtos.
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