
O uso excessivo do celular pode causar até problemas estéticos, como papada e rugas, o estudo da Ufla aponta problemas mais graves
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Há relatos que o uso excessivo do aparelho celular pode causar uma série de problemas como: dores no pescoço, dores nas mãos, dores nos ombros, nos punhos, prejudicar o sono, irritabilidade, papadas e rugas.
Além dessas implicações comumente relatadas, um estudo desenvolvido na Universidade Federal de Lavras (Ufla) identificou mais uma: o vício pode estar ligado diretamente a transtornos como ansiedade e distúrbios alimentares, o estudo também confirmou a possibilidade de depressão e estresse.
De acordo com o coordenador do estudo, o professor de Fisiologia Humana, Eric Francelino Andrade, "o indivíduo dependente de smartphone tem uma tendência maior à ansiedade. E quem é ansioso tende a ser mais dependente do celular. É uma relação dupla, onde um fator piora o outro". Participou da pesquisa também a nutricionista Karen Rodrigues Lima.
De acordo com o pesquisador, os transtornos mentais são multifatoriais, ou seja, não é possível apenas afirmar que a pessoa está ansiosa porque usa o celular excessivamente, mas, as análises mostram a associação entre o vício e as pontuações elevadas de depressão, ansiedade e estresse.
"Observamos que os dependentes também apresentam menor nível de atividade física, o que revela uma relação inversa entre atividade física e o uso de smartphones", disse o pesquisador.
Para se chegar a esta conclusão, a pesquisa analisou 781 estudantes de faculdades públicas e particulares em todo o Brasil, foram 410 homens e 371 mulheres com idades entre 18 e 65 anos. Os dados foram coletados no ano passado, em 2023, através de um formulário online, já a análise estatística foi feita por meio de soffwares neste ano de 2024.
Foram analisados, para poder avaliar a dependência, quatro critérios: o tempo de uso diário do celular; tempo que a pessoa fica sem o aparelho; perda da noção do tempo durante o uso e, aumento da tolerância ao tempo de exposição no decorrer do tempo. A pontuação máxima é de 26 pontos, porém, que alcança 10 pontos já pode ser considerado dependente do aparelho celular.
O resultado da pesquisa deve servir como referência para profissionais de saúde mental e nutricionistas, já que atualmente, o tempo de uso do celular é raramente questionado em atendimentos de saúde, mesmo interferindo significativamente no bem-estar.
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