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História de Lavras - por Eduardo Cicarelli
Que a memória do brasileiro é curta todos nós sabemos, mas com esse calor extremo e sem água, nos força a buscamos na memória uma grande obra do século XIX, a canalização da água do manancial da Laje, obra do tenente Firmino Antônio de Salles, que teve a canalização concluída no dia 4 de outubro de 1885, e que teve a inauguração do serviço de captação da água potável no dia 31 de outubro daquele ano.
Essa água, que vinha do Poço Bonito, serviu a Lavras por 107 anos.
Ela deixou de ser o principal manancial no dia 29 de dezembro de 1992, quando foram acionadas pela primeira vez as bombas responsáveis pelo sistema de captação de água do rio Grande e este passou a ser o principal.
A partir do dia 29 de dezembro de 1992, com captação do Rio Grande, nós tínhamos quatro mananciais de água, era uma fartura: o rio Grande, o principal deles; o manancial da Laje, no Poço Bonito, o segundo mais importante; e os dois ribeirões que completavam o abastecimento da cidade e ainda estão em fuincionamento: Água Limpa e Santa Cruz.
Hoje temos apenas três mananciais: o rio Grande e os dois ribeirões: Água Limpa e Santa Cruz. E o manancial da Laje, o que aconteceu com ele? Quem pode explicar e justificar porque ele não faz mais parte do sistema de abastecimento de água de Lavras?
Registro histórico
Apenas para registro histórico, o primeiro movimento político para captação de água potável para Lavras se deu no ano de 1858, quando a Câmara da Vila de Lavras solicitou ao Governo da Província de Minas recursos para desapropriação do manancial da Laje.
No dia 15 de janeiro de 1859, o Governo da Província de Minas Gerais responde à Câmara da Vila de Lavras que nada podia fazer para a desapropriação do manancial da Laje, para a captação de água que pretendia encanar para a Vila, que era de propriedade de José Joaquim dos Reis Villela e seus herdeiros.
O primeiro serviço de captação de água potável de Lavras foi concluído no dia 4 de outubro de 1885, um trabalho do tenente Firmino Antônio de Salles, a inauguração do serviço de captação se deu no dia 31 de outubro do mesmo ano.
Em 1909 a Câmara Municipal adquire uma grande quantidade de tubos de ferro fundido para a substituição das manilhas que traziam para Lavras a água captada no local conhecido com Fazenda da Laje, no Poço Bonito, os tubos foram adquiridos da Sociedade Tubos Mannesmann, em Düsseldorf, Alemanha, para a canalização da água potável.
No dia 30 de novembro de 1967, foi criado em Lavras, no governo do ex-prefeito João Modesto, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE).
Em 1 de julho de 1978, por iniciativa do prefeito Maurício Pádua, o serviço de captação de água da cidade deixa de ser da competência do Serviço Autônomo de Águas e Esgotos (SAAE) e passa para o domínio da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).
Também para registro histórico, no dia 29 de dezembro de 1992, quando foram acionadas pela primeira vez as bombas responsáveis pelo sistema de captação de água do rio Grande e este passou a ser o principal, esta importante obra deveu-se principalmente aos lavrenses: prefeito João Batista Soares da Silva, Jairo Alvarenga, Geraldo Bertolucci Júnior e Paulo Otávio Pereira, este último, deputado federal pelo Distrito Federal, que intercedeu junto ao presidente Fernando Collor de Mello para que fosse realizado este trabalho, uma antiga reivindicação do povo de Lavras.
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