Delegada Ana Paula Santana de Rezende Arruda, titular da Delegacia de Mulheres de Lavras. (Foto: Arquivo Jornal de Lavras)
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Uma investigação da Polícia Civil que culminou em prisões de pessoas responsáveis por uma clínica de reabilitação de dependentes químicos e de pessoas com transtornos mentais expôs a face cruel de seus administradores.
Entre os dias 19 e ontem, dia 21, a equipe da Delegacia de Mulheres de Lavras, que tem como titular a delegada Ana Paula Santana de Rezende Arruda, com o apoio da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (Depol) de Lavras, cumpriu três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão expedidos pela justiça da comarca de Lavras.
Os mandados foram cumpridos numa clínica de recuperação que 'amparava' homens e mulheres internados para tratamento de dependência química, além de pessoas com transtornos mentais, entre outros.
De acordo com investigação, os responsáveis praticavam atos de tortura, ameaça, lesão corporal, tráfico de pessoas, exploração análoga a escravidão, apropriação indébita, importunação sexual e até estupro dos internos e internas.
Através das investigações da equipe da delegada Ana Paula Santana de Rezende Arruda, foram identificadas mais de vinte vítimas, que são pessoas internas na clínica que, teoricamente, oferecia ajuda para a reabilitação de pessoas fragilizadas.
A equipe da Delegacia de Mulheres de Lavras apurou que uma autora cometeu a prática de tráfico de drogas, uma vez que grande quantidade de medicamentos psicotrópicos foi apreendida em sua residência, medicamentos sem receita médica, substâncias classificadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A Delegada ouviu 27 pessoas, entre vítimas e testemunhas, elas prestaram declarações coerentes e convergentes, demonstrando de forma cabal os fatos, que também foram confirmados por perícia técnica. Dois suspeitos foram presos em decorrência de mandado de prisão preventiva e estão à disposição da justiça.
As investigações, que iniciaram em abril deste ano, foram agora concluídas, sendo o Inquérito Policial remetido ao Ministério Público para início da ação penal.