A participação da Guarda Nacional de Lavras em são Thomé das Letras foi em decorrência da rebelião escrava que se alastrou pela região, tendo início em Carrancas

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História de Lavras e Região. Por: Eduardo Cicarelli

No dia 13 de maio de 1833, aconteceu um episódio que ficou marcado na história de Minas Gerais, que foi uma das rebeliões escravas mais sangrentas da região Sudeste do Império do Brasil, iniciada em Carrancas no começo da tarde do dia 13 maio de 1833, nas fazendas dos Junqueira. A rebelião se espalhou também para a Vila de São Thomé das Serra das Letras.

Naquela Vila, os escravos de uma das fazendas da família Junqueira mataram o Juiz de Paz da Vila e membros da família de José Francisco Junqueira. Diante da situação, o Juiz de Paz de Campo Belo, Manoel Joaquim Alvarez, envia um ofício a Câmara da Vila de Lavras, no dia 14 de maio de 1833, há exatos 191 anos, solicitando ajuda da Guarda Nacional para sufocar a rebelião de escravos em São Thomé da Serra das Letras.

No dia seguinte, dia 15 de maio, por ordem da Câmara da Vila de Lavras, foram designados 44 membros da Guarda Nacional, todos "armados com farta munição de pólvora e chumbo grosso para combater os escravos rebelados em São Thomé da Serra das Letras".

No dia 20, a rebelião foi sufocada com um escravo morto, 30 escravos presos e 11 foragidos.