Índice de solução de crime em Lavras é um dos mais altos de Minas Gerais. Na foto, a Depol de Lavras
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Em todo o ano passado foram cometidos em Lavras 7 homicídios e a Polícia Civil desvendou todos eles. Este ano já foram 9 e os delegados e investigadores já desvendaram 7. Apenas 2 ainda não foram solucionados, sendo que dos dois, um está ainda em investigação e pode ser solucionado a qualquer momento e, o outro, ainda é um desafio.
O último homicídio desvendado pela equipe da PC de Lavras foi do crime ocorrido no dia 24 do mês passado (clique aqui e relembre o caso), quando uma pessoa chegou de motocicleta na avenida do Sol, no bairro Morada do Sol, e executou um homem identificado como sendo José Lukas Ribeiro da Costa (foto abaixo), de 30 anos, dentro de sua casa. Na época, a mulher de José Lukas disse que ouviu, do assassino, a expressão "talarico", que descreve um homem que se envolve fisicamente ou emocionalmente com uma mulher comprometida.
Os investigadores da Polícia Civil partiram desta linha para investigar o crime, porém, nada que pudesse comprometer José Lukas foi encontrado, o que obrigou os profissionais a mudarem a linha de investigação e ontem, quinta-feira, dia 3, a equipe da Primeira Delegacia Regional de Polícia Civil desvendou e concluiu mais esta investigação.
O caso foi solucionado, e o resultado surpreende. Durante a investigação, constatou-se que a viúva de José Lukas, de 31 anos, estava frequentando uma quitinete de uma mulher de 35 anos e que elas tinham um envolvimento. Os policiais civis desconfiaram e encontraram, no terreno da quitinete, uma motocicleta que poderia ser a que foi usada no crime. A partir daí, os investigadores cumpriram um mandado de busca e apreensão no local, e encontraram as duas na cama. Elas foram levadas para a Depol para serem interrogadas e a motocicleta foi apreendida e periciada.
A partir desta linha de investigação, descobriu-se que elas tinham um relacionamento e que a viúva e sua companheira tinham combinado o crime.
Na época do fato, a perícia constatou que não havia sinal de arrombamento no portão e, agora, descobriu-se que no dia do assassinato, a viúva deixou o portão aberto para facilitar a entrada de sua companheira armada para executar José Lukas.
A história do "talarico", contada pela viúva na época, foi para tentar confundir as investigações.
Segundo a Polícia Civil, que divulgou nota sobre este crime solucionado, ficou evidenciado que as duas moram juntas, além de outras provas que demonstraram o vínculo amoroso entre elas, e que o crime foi planejado e executado pelas duas mulheres.
Diante das evidências e das provas coletadas durante as investigações, o delegado responsável pelo caso representou pela prisão de ambas, que foi deferida pela justiça, sendo as duas suspeitas presas ontem, quinta-feira, dia 3.
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