Imagem ilustrativa extraída da revista Cariri
.
@jornaldelavras | @jornaldelavras | (35) 99925.5481 |
Esta semana, uma pessoa que não tem familiaridade com a tecnologia e que tem um nome limpo foi vítima de uma golpista. O caso aconteceu no distrito de Macuco de Minas, em Itumirim. A Polícia Federal esteve na casa dela com um mandado de prisão expedido pela justiça da cidade de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), ela foi presa sem saber porque e trazida para a 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (Depol) de Lavras, onde foi informada sobre a razão de sua prisão. Clique aqui para ver a matéria sobre esta prisão.
A mulher de Macuco de Minas foi informada que estava sendo presa devido ao cometimento de crimes de estelionato, aplicados na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O que aconteceu, foi que uma criminosa estava se passando por ela, usando seus documentos, abriu uma conta numa agência bancária e se apoderou de um cartão de crédito, também fez um plano telefônico numa operadora.
A criminosa chegou a ser presa em Contagem em 2019 e foi fichada na delegacia daquela cidade, só que na época, ela foi presa "usando" o nome e documentos da mulher de Macuco de Minas. Depois que ganhou a liberdade, continuou a prática criminosa, aplicando golpes no comércio, por essa razão foi expedido o mandado de prisão contra ela. Como a justiça tinha o endereço da criminosa na ficha corrida, a Polícia Federal acabou chegando a Macuco de Minas.
Nesta semana, a mulher de Macuco foi presa em virtude do mandado e chegou a ser levada para o presídio de Lavras. Os policiais penais perceberam que as características da mulher conduzida não eram compatíveis com as características da mulher que constava no registro da Polícia Penal.
Sendo assim, a investigadora da Depol de Lavras percebeu que estava conduzindo para o presídio uma pessoa que poderia ser uma inocente. Ela retornou com a mulher presa até a Depol de Lavras para apurar esta questão.
A justiça de Contagem havia enviado a ficha corrida da criminosa, com uma foto de 2019. Apesar da semelhança física entre a criminosa e a mulher de Macuco, que poderia ainda levar a alguma dúvida, um detalhe chamou a atenção das autoridades e que foi fundamental para provar a inocência da mulher de Macuco de Minas: a criminosa tinha um dos braços repleto de tatuagem e a mulher de Macuco, não.
A vítima de Macuco de Minas não ficou presa, foi colocada em liberdade imediatamente, porém, agora ela tem um longo caminho a percorrer ainda: limpar seu nome na justiça para ficar tudo legalmente certo.
O Relatório do Fórum Nacional de Segurança Pública, divulgado ontem, quinta-feira, dia 20, aponta que mais de 35 mil pessoas em Minas Gerais foram vítimas de golpes na internet ou via WhatsApp no último ano, contra mais de 25 mil casos no período anterior, um aumento de 39,7%. Em todo o Brasil, foram registradas 200 mil ocorrências da modalidade. Minas Gerais ocupa o segundo lugar no ranking, ficando atrás apenas de Santa Catarina.
A exposição nas redes sociais, nos aplicativos nos telefones, fornecimento de dados pessoais sem os devidos cuidados, sobretudo via WhatsApp, facilita o acesso aos criminosos. Normalmente as vítimas desconhecem a segurança digital, a maioria das pessoas não está familiarizada com a tecnologia, o que facilita ainda mais a aplicação de golpes.
As vítimas, na maioria das vezes, são pessoas inocentes e que tem o nome limpo. Os criminosos clonam documentos destas pessoas e, com o nome sem restrição, abre contas em bancos, fazem crediário, pegam empréstimos e comentem outros crimes.
|
|