Escritório da Copasa de atendimento ao público. Foto: Google
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Moradores de diversos bairros de Lavras relatam a falta de água em suas casas nesta quinta-feira, dia 16, onde a temperatura já atingiu aos 35ºC e ficar sem água realmente é algo inimaginável.
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) distribuiu nota ontem alegando que a falta de água é devido ao consumo elevado nestes dias de calor. Se realmente a falta de água fosse o alto consumo, a companhia estaria operando no limite.
A Copasa não pode alegar falta do líquido, isso porque os reservatórios estão abarrotados e os rios transbordando. Diante disso, é possível concluir que o problema em Lavras é a falta de investimento adequado e falta de interesse.
O maior acionista da Copasa é o governo do estado representado pelo governador Romeu Zema (Novo), que em seus cinco anos de mandatos, pouco fez por Lavras.
A Copasa está investindo R$ 200 milhões na Zona da Mata em saneamento. Só na cidade de Ubá, os recursos para o esgotamento sanitário ultrapassam R$ 100 milhões, isso é um dos maiores investimentos recentes da companhia. As obras iniciaram no ano passado e está prevista sua entrega em 2024.
No Triângulo Mineiro a Copasa está investindo R$ 17,8 milhões para ampliação da capacidade do sistema de abastecimento de água que irá beneficiar cerca de 18 mil moradores, a entrega da obra também está prevista para o próximo ano, 2024, ano em que Zema pretende se candidatar a Presidência da República.
Em Araxá, cidade natal do govenador Zema, a Copasa está investindo R$ 2 milhões para garantir o abastecimento de água naquela cidade. A obra evitará, segundo a Copasa, as perdas de água entre a capitação a ETA (Estação de Tratamento de Água), proporcionado maior disponibilidade do produto aos moradores de Araxá.
A Copasa anunciou também este ano, um plano de investimento de R$ 8,1 bilhões para o período de 2023/2027. O objetivo é avançar o saneamento básico em Minas Gerais e, segundo a empresa, os aportes estão dentro do Plano de Negócios da Copasa, seus compromissos contratuais, bem como para atendimento às metas de universalização propostas no Novo Marco do Saneamento.