Delegado Tiago Veiga Ludwig, no local onde ocorreu o homicídio no dia 2. Começou aí as investigações que culminaram na prisão dos assassinos na tarde desta terça-feira, dia 30 - foto: Jornal de Lavras. Abaixo, o casal que se apresentou a polícia - fotos: Polícia Civil
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O taxista Alcindo Naves Carvalho, de 72 anos, foi brutalmente assassinado na rodovia AMG-1650, que liga a BR-381 a BR-265, passando por Ribeirão Vermelho. O crime aconteceu no dia 2 de dezembro e chocou a região.
Naquele dia, primeiro a Polícia Militar foi informada sobre o automóvel da vítima, um Ford EcoSport com placas OQG-1212, de Perdões, ele estava abandonado numa estrada vicinal em Ribeirão Vermelho. Enquanto os militares registravam a ocorrência do veículo, um motorista de ônibus passou pela rodovia, viu o corpo do taxista sob uma poça de sangue e com diversos ferimentos e informou o fato à polícia.
No mesmo dia em que o corpo foi encontrado, a Polícia Civil deu início às investigações com o fim de desvendar a identidade do assassino. As investigações ficaram a cargo do delegado titular de Perdões e Cana Verde, Tiago Veiga Ludwig, conhecido por ser um policial operacional.
O delegado e sua equipe de investigadores levantaram, através da leitura dos números das últimas ligações do telefone celular encontrado junto ao corpo, pertecente à vítima, que Alcino teria recebido uma ligação que foi efetuada do Hotel Patury, em Perdões.
A equipe do delegado Ludwig descobriu que um casal havia solicitado a corrida, o que foi confirmado através do sistema de vídeo-monitoramento do hotel que captou a imagem do casal deixando o estabelecimento para pegar o táxi de Alcindo. Bastaram três dias de investigação concentrada para que os policiais descobrissem quem era o casal e em qual cidade estava escondido.
O delegado Tiago e sua equipe apuraram que o casal Michelle dos Reis, de 30 anos, e Wiglafy Sena Melo, de 26 anos, vendeu todos seus objetos pessoais e partiu para a cidade de Campinas (SP), no dia seguinte ao homicídio. As investigações levaram até a cidade de Porto Feliz (SP), para onde o casal foi depois de deixar Campinas. Identificados e embasados em provas, o delegado Tiago Veiga Ludwig pediu a prisão temporária dos envolvidos.
Com o apoio da Chefia do 6º Departamento de Polícia Civil e com o apoio da polícia de Sorocaba (SP), foram feitas diligências em Porto Feliz, cidade onde Wiglafy tem familiares. A mãe de Wiglafy entrou em contato com seu filho e comunicou que a Polícia Civil de Minas Gerais estava a sua procura. Neste momento, Wiglafy soube que seu crime havia sido descoberto.
Wiglafy contratou um advogado que negociou sua apresentação em Perdões, o que aconteceu na tarde de ontem, terça-feira, dia 30. Ele confessou ter matado o taxista, e disse que foi por motivo de desacordo na cobrança do valor da corrida, afastando a tese de latrocínio, que é roubo seguido de morte. A companheira de Wiglafy, Michelle, disse que não teve participação ativa no homicídio, mas que assistiu a tudo.
Mesmo com a apresentação do casal junto com um advogado, os mandados de prisão temporária foram cumpridos e os dois foram para a cadeia da cidade de Campo Belo, onde ficarão à disposição da justiça.
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Jornalista Eduardo Cicarelli (Jornal de Lavras) Clique aqui e comente no Facebook do Jornal de Lavras