Ação de hoje movimentou viaturas policiais na cidade. Foto: 8º Batalhão, extraída do Facebook
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Na tarde desta sexta-feira, a população presenciou uma grande correria de polícia em Lavras, até um cerco bloqueio foi feito pela PM nas saídas da cidade. O que provocou a grande movimentação policial foi que um homem acionou a PM dizendo que havia sido assaltado por bandidos armados.
Ele, muito nervoso, contou que os assaltantes levaram uma caminhonete S10 prata, com carroceria carregada de engradados plásticos, do tipo de fazer entregas de supermercados. Ainda de acordo com o homem, ele foi rendido na rua Donato Bauth, próximo ao 8º Batalhão.
Diante da gravidade da informação, policiais militares correram para o local. No momento em que uma viatura da PM chegou para atender a ocorrência, estava passando a viatura do Comando do 8º Batalhão próximo ao lugar onde ocorreu o fato.
Imediatamente foi dada ordem de cercar as saídas da cidade e um intenso rastreamento teve início, como resposta rápida da polícia ao ocorrido.
No desenrolar da operação, o homem que acionou a PM começou a cair em contradição. Primeiro ele havia fornecido a placa do veículo, mais tarde afirmou não saber qual era a placa. Então o proprietário do veículo foi acionado e também não soube informar a placa do veículo. Dois ex-proprietários foram comunicados para saber se eles lembravam da placa, porém, eles também não souberam fornecer esta informação. A PM verificou que o veículo já havia passado nas mãos de três proprietários, porém, nenhum deles havia providenciado a transferência.
A confusão começou a ser esclarecida depois que o homem caiu em contradição novamente: ele chegou a mudar a versão de que os dois homens estavam armados, disse que, na verdade, não havia visto nenhuma arma e que o suposto assaltante teria dito apenas: "me passa a chave", tendo ele entregado.
A PM também levantou que há dívidas em transações anteriores do veículo, o que levantou a suspeita de que, ao invés de roubo, tenha sido algum antigo proprietário reavendo seu veículo. Se for esse o caso, o fato ocorrido pode ser configurado como Comunicação Falsa de Crime, um crime descrito no Código Penal como o ato de "provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado". O caso foi repassado a Polícia Civil que procederá a investigação.
A Polícia Militar esclareceu, em manifestação oficial no Facebook do 8º Batalhão, "que é comum, uma ocorrência que as vezes inicia-se com um certo grau de periculosidade e exagero, nem sempre termina como começou".
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