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Publicada em: 09/11/2014 22:30 - Atualizada em: 10/11/2014 00:14
Casos de leishmaniose em Lavras assustam população e alerta autoridades
Bairro Jardim Glória é o que mais tem casos registrados da leishmaniose em Lavras: são 42 registros

Foto ilustrativa extraída do site Rezende Veterinária

 

WhatsApp do Jornal de Lavras: (35) 9925-5481

Os casos de leishmaniose em Lavras têm aumentado muito nos últimos meses e, para combater este mal, a Universidade Federal de Lavras (Ufla) está auxiliando o setor de saúde da prefeitura. Uma parceria entre o poder público e a universidade foi estabelecida, a Prefeitura realiza os exames nos cães que a Vigilância Epidemiológica recolhe para serem examinados depois que passam por uma triagem e a Ufla auxilia na parte educacional. Os sintomas são detectados e imediatamente é realizado o exame.

O número de cães infectados no bairro Jardim Glória assustou até mesmo os órgãos estaduais, que pediram uma contraprova. Foram 42 casos naquele bairro. A ação efetiva teve início no ano passado e a previsão é de que até o final deste ano, 7 mil cães sejam examinados.

Até hoje foram detectados em Lavras 84 casos positivos da doença que não tem cura e pode ser transmitida ao homem. Os cães infectados são sacrificados e, no caso humano, é feito o tratamento, mas a leishmaniose pode causar a morte, sobretudo em crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade, como os soropositivos, por exemplo.

A leishmaniose visceral é uma doença grave transmitida pelo mosquito conhecido por palha ou birigui. A transmissão só ocorre quando o animal é picado pelo mosquito infectado. Uma vez doente, o cão não oferece risco para outros animais e nem mesmo para o ser humano, mas passa a ser um reservatório da doença. Desta forma, uma pessoa só pode ser infectada se for picada por um mosquito contaminado.

 

Dra. Isabela Coelho, médica veterinária e proprietária do Pelos & Patas Centro de Estética e Saúde Animal, escreveu sobre a Leishmaniose para o Jornal de Lavras em outubro. Saiba mais sobre esta doença:

Muito tem se falado sobre a leishmaniose em nossa cidade, e infelizmente boatos e mitos se espalham, dificultando o trabalho de prevenção. Vamos esclarecer de forma simples o que é a doença e o que está havendo na cidade.

Leishmania: protozoário e agente causador da doença. Pode estar presente no organismo animal sem causar os sintomas característicos, o que dificulta ações preventivas e torna obrigatória a realização de exame de sangue específico para detecção.

Leishmaniose visceral e cutânea: são as apresentações sintomáticas dos portadores do protozoário. Acomete canídeos e roedores silvestres na natureza ,e humanos e cães na área urbana. Os sintomas incluem lesões na pele que não se curam, principalmente ao redor de olhos, membros e face, problemas renais e hepáticos graves, aumento dos linfonodos e crescimento acelerado das unhas.

Mosquito palha (flebótomo): vetor, ou seja, transmissor do agente, responsável por propagar o protozoário entre humanos e cães, ao picar um portador e em seguida picar um não portador, transmitindo o agente. Esse mosquito é bem pequeno (3mm) e tem hábito de picar ao anoitecer e amanhecer. Se reproduz em locais com acúmulo de lixo e matéria orgânica, como frutas e folhas de jardim, fezes de criações em quintal e restos de comida.

O tratamento em cães é proibido pelo Ministério da Saúde e Ministério da Agricultura, pois não há drogas específicas veterinárias para tal doença no Brasil, e o uso de medicamentos humanos expõe ao risco de resistência do agente às drogas. Além do mais, um cão que não tiver seu tratamento mantido em constante vigilância e cuidado rigoroso, pode transmitir o agente mesmo estando sem sintomas.



O que está havendo em Lavras?

Em nossa cidade já foram identificados casos de Leishmaniose em cães, assim como já foram identificados locais de reprodução do vetor transmissor do agente, o mosquito palha.

A Vigilância Ambiental e em Sáude vem realizando um mapeamento da doença no município, averiguando as notificações de casos clínicos enviadas pelos veterinários particulares, usando armadilhas para capturar o vetor, e realizando exames de sangue nos cães errantes e domiciliados. Junto a essas ações, há campanhas em escolas e nas residências de educação ambiental para combate aos focos de reprodução do mosquito, ações de melhorias do saneamento básico nos bairros e recolhimento dos cães portadores do agente.

É muito importante receber os Agentes da Vigilância em sua residência, pois é nesse momento que há troca de informações corretas de prevenção e controle, além da realização do teste em seus cães. Só conhecendo e colaborando é que seremos capazes de combater a Leishmaniose.

Caso seu cão seja portador, não se desespere. Lembre-se que a doença tem sintomas debilitantes e graves, tanto para os cães quanto para sua família, vizinhos e toda a sociedade. Priorize as medidas de prevenção com uso de coleiras repelentes, vacinação específica, limpeza de jardins e quintal e telas nas janelas. Busque se informar com pessoal capacitado e bem informado, pois só assim a doença não vai se espalhar ainda mais.

Dra. Isabela Coelho, médica veterinária e proprietária do Pelos & Patas Centro de Estética e Saúde Animal

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