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Publicada em: 06/11/2014 00:24 - Atualizada em: 06/11/2014 13:30
Reviravolta no caso Campidelli: o assassinato do taxista de 92 anos foi encomendado
Campidelli não foi vítima de assalto, o taxista foi assassinado por vingança, concluiu as investigações do delegado Leandro de Prada Macedo

Delegado Leandro de Prada Macedo, responsável pela investigação, e o delegado Jaison Stangherlin, na coletiva de imprensa na 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil – Lavras. Fotos da coletiva: Jornal de Lavras

 

WhatsApp do Jornal de Lavras: (35) 9925-5481

A Polícia Civil reuniu a imprensa na tarde desta terça-feira, dia 5, para anunciar que as investigações do assassinato do taxista José Campidelli (foto à esquerda), de 92 anos, na cidade de Santo Antônio do Amparo, teria sido concluída. Hoje foi cumprido um mandado de prisão temporária em nome de Luciano Andrade, o "Juca Tigre", apontado por Bruno Rodrigues, de 24 anos, assassino confesso, como o mandante e idealizador do assassinato. O assassinato, registrado no dia 28, chocou os moradores de Santo Antônio do Amparo e toda região.

 Segundo apurou a Polícia Civil, José Campidelli foi morto brutalmente com socos, pauladas e estrangulamento pelo viciado em drogas Bruno Rodrigues, 24 anos, e um adolescente. Depois eles levaram o carro e roubaram R$ 100 do idoso. O corpo do taxista foi encontrado em uma área afastada do centro de Santo Antônio do Amparo, ele estava em uma vala e apresentava sinais de estrangulamento, hematomas e vários sinais de violência. O delegado Leandro Prada disse na coletiva que a cabeça do taxista estava esfacelada, e que ele morreu de forma dolorida, com muito sofrimento.

O delegado responsável pela investigação, Leandro de Prada Macedo, contou que o taxista saiu para trabalhar normalmente, sendo visto pela última vez às 16h, quando deixou o ponto de táxi para atender a um cliente. Depois disto, José Campidelli não retornou mais para casa. Familiares e amigos entraram em contato com a polícia e também auxiliaram nas buscas. 

O delegado contou que colocou toda sua equipe de investigadores em campo, disse que conversou com testemunhas e fez um rastreamento em busca do automóvel levado pelos bandidos. Os investigadores encontraram o veículo abandonado em uma estrada vicinal na Zona Rural da localidade conhecida como Guarita, no município de Santo Antônio do Amparo. Ele disse que, até então, não tinha suspeitos, mas que quando a perícia começou a fazer as análises técnicas, o alarme do carro disparou, o que fez com que Bruno Rodrigues chegasse ao local. Ele foi preso em flagrante pela polícia e encaminhado à delegacia para prestar esclarecimentos. Ele não convenceu os investigadores e foi preso preventivamente. 

A equipe do delegado Leandro Prada continuou as buscas por mais provas e conseguiu uma imagem de um posto de gasolina, onde José Campidelli havia abastecido antes da corrida que o levou a morte. Nas imagens, os investigadores perceberam que havia uma terceira pessoa atrás no banco do passageiro e, em conversas com algumas testemunhas, os investigadores chegaram a um adolescente de 14 anos, que teria participação com o caso e foi convidado a dar depoimento, acompanhado dos pais. Em seu depoimento, o menor assumiu participação no crime e afirmou que ajudou Bruno a matar o taxista. Mas, por não ter sido pego em flagrante, ele não ficou apreendido e foi liberado. 

Segundo a Polícia Civil, o assassino confesso, o viciado Bruno Rodrigues, contou que matou o taxista a mando de Luciano de Andrade pela quantia de R$ 10 mil. Ele disse à polícia que as negociações estavam sendo feitas há muito tempo. A PC disse também, que Bruno confessou que o fechamento do acordo aconteceu no dia das eleições do segundo turno, quando ambos negociaram a morte do idoso.

De acordo com o delegado Leandro de Prada Macedo, o taxista e a família Campidelli tinham problemas na justiça com o pai de Luciano e também com ele a respeito de divisas de terras, ao todo eram sete demandas judiciais, algumas a justiça já havia dado causa ganha aos Campidellis. De acordo com o delegado, Luciano contratou o assassino para colocar um "ponto final" nas contendas.

O delegado Leandro Prada contou que o assassino procurou o taxista e marcou uma corrida na Zona Rural, disse que antes teria que passar em um determinado local para poder pegar o seu sobrinho, no caso, o menor comparsa do assassinato. Disse que tudo aconteceu como o programado, que eles antes de seguirem viagem, passaram em um posto de combustíveis para abastecer o táxi, depois, seguiram para o local programado para matar Campidelli.

O assassino pediu a José Campidelli que parasse o carro para que ele pudesse urinar. Bruno, então, desceu e deu a volta, momento em que o menor agarrou o taxista pelas costas com uma gravata. Bruno passou a desferir socos e pancadas, os dois jogaram o taxista para fora do carro e bateram nele com um pedaço de pau, deixando sua caixa craniana com diversas fraturas, de acordo com o laudo da necropsia. Depois os dois jogaram o corpo em uma vala e foram embora.

De acordo com o delegado, Bruno procurou Luciano e disse: "o serviço foi feito". O menor contou ao delegado e sua equipe de investigadores que ajudou a matar o taxista, mas não sabia a razão do assassinato, disse que Bruno havia prometido uma quantia em dinheiro a ele, quantia esta que não chegou a receber. O menor contou que usaria o dinheiro para comprar crack - ele e Bruno são viciados.

Luciano Andrade, 37 anos, o suspeito de ser o mandante do crime, foi preso em casa, na cidade de Campo Belo, onde mora. De acordo com o delegado, Luciano tem passagens por estelionato.

A reportagem entrou em contato com o advogado de Luciano Andrade, o criminalista lavrense Négis Rodarte. Ele disse que, no contato que teve com Luciano Andrade, ele negou, taxativamente, ser o mandante do crime. Négis disse que vai se manifestar sobre os fatos após ter ciência da investigação até o momento levada a efeito. O fato do suposto mandante ter negado o tempo todo foi confirmado pelo delegado Leandro de Prada Macedo, que disse que em nenhum momento o acusado assumiu o crime.

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