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Primeiro foi a cidade de Oliveira, agora foi a vez de Formiga suspender as aulas por falta de água, isso aconteceu naquele município depois da proibição de lavar veículos com água. A prefeitura de Formiga, no Centro-Oeste do Estado, tomou essa medida drástica por conta da seca que castiga a cidade. A decisão foi tomada nesta quinta-feira, dia 16. As autoridades municipais se reuniram e ficou decidido que as aulas das escolas municipais serão suspensas a partir da próxima segunda-feira, sem previsão de retorno.
O decreto foi estabelecido após reunião entre o prefeito Moacir Ribeiro, representantes da Secretaria Municipal de Educação e a Inspetora de ensino. A situação naquela cidade é tão dramática que é provável que as redes estaduais e particulares também paralisem as atividades.
Na terça-feira desta semana, o prefeito já havia assinado o decreto de calamidade pública. Em nota divulgada pela prefeitura, o Chefe do Executivo lamentou a situação enfrentada pela cidade. "O nível da vazão de água nunca esteve tão baixo no Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto). O momento é realmente de calamidade. É hora de unirmos forças para enfrentarmos essa situação. A administração municipal está fazendo todo o possível para minimizar os impactos da seca sobre a população de Formiga", comentou o prefeito.
No decreto, o prefeito de Formiga justifica sua atitude baseado no período de seca que atinge o município, a vazão do rio Formiga tem caído drasticamente. O Saae tem conseguido captar apenas 98 litros por segundo de água, número considerado insuficiente para suprir as necessidades da população. O número estipulado para atender a demanda dos moradores é de 184 litros por segundo.
A população de Formiga enfrenta racionamento desde o mês de setembro e ações de conscientização da população estão sendo realizadas para evitar o desperdício. Segundo a prefeitura, fiscais do Saae vão controlar a ação da população para que não haja desperdício de água.
Em Lavras a situação continua crítica. Ontem, quarta-feira, dia 15, técnicos a Companhia de Saneamento de Minas gerais (Copasa), se reuniram com diversos setores, como Polícia Militar, representantes da Usina Hidrelétrica do Funil, Defesa Civil, Prefeitura Municipal e representantes da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), para tornar todos cientes da situação na cidade.
Foi falado sobre a situação dos mananciais que abastecem Lavras: rio Grande, ribeirão Santa Cruz e ribeirão Água Limpa. Também foi explicado como está ocorrendo a distribuição de água com intermitência para garantir o abastecimento de todos os bairros, inclusive dos imóveis localizados nas partes mais altas da cidade. As manobras operacionais são realizadas pela Copasa. Em Lavras já está faltando água em muitos locais.
Não se falou ainda sobre medidas punitivas a serem tomadas para quem desperdiça água em Lavras, mas a reunião é um indício de que alguma medida poderá ser tomada num futuro próximo. Economizar é a palavra de ordem.
