EcoRed é uma iniciativa que deve ser respeitada e copiada por todos. Imagem extraída da pagina do Facebook da EcoRed
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A grande seca no rio Grande reduziu muito o nível da água e isso expôs peças que contam a história daquela cidade, como tijolos de antigas construções, telhas importadas da França no século XIX, peças usadas no auge da ferrovia e embarcações que naufragaram, como os antigos vapores que desciam e subiam o rio transportando passageiros, alimentos, lenha, café e outros produtos. A riqueza histórica já ganhou até mesmo destaque na mídia nacional, como no jornal Folha de S. Paulo, que na semana passada deu destaque aos achados.
Por outro lado, com a diminuição das águas, as pessoas puderam também testemunhar uma cena nada agradável aos olhos do mundo civilizado: a quantidade de lixo jogado no rio no decorrer dos anos. São garrafas pet, vidros, sacolas plásticas, latas e tudo que em um país civilizado estaria numa usina de reciclagem ou num aterro sanitário, jamais no fundo de um rio.
Um grupo de moradores de Ribeirão Vermelho, liderados por uma professora, resolveu criar um mutirão para limpar o leito e as margens do rio. O mutirão recebeu até um nome: EcoRed, e em poucas horas de trabalho os voluntários recolheram uma grande quantidade de lixo dentro e no entorno do majestoso rio.
A proposta do grupo é garantir qualidade para desenvolver naquela cidade o turismo rural e histórico, além de conscientizar a população e os pescadores que vão nos finais de semana às margens do rio, da importância da preservação do meio ambiente. Além de recolher o lixo, os voluntários conversam com turistas e pescadores explicando sobre a responsabilidade de cada um sobre o lixo produzido e deixado em local impróprio. O movimento ganhou até uma página no Facebook, onde recebe visitas e comentários.
