Rogério Giranda, secretário municipal de Meio Ambiente, e o representante da nova empresa de limpeza urbana de Lavras, a Bioesc. Foto: PML
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A Administração Municipal, gestão Silas e Clóvis Correa, enviou um comunicado para a imprensa, informando que a partir de hoje, dia 1º de outubro, uma nova empresa de limpeza pública começa a operar em Lavras, é a Bioesc - Soluções Ambientais, que substitui a SHF Conservação e Construção. De acordo com a Prefeitura de Lavras, foi assinado um contrato emergencial para que a prestação dos serviços de coleta, transporte e destinação final do lixo não pare, uma vez que o prefeito anterior encerrou os contratos com a SHF.
O título do comunicado enviado pela prefeitura foi "Nova Administração Municipal vai reduzir o valor da limpeza urbana", e foi afirmado que a Administração de Lavras estaria economizando cerca de 2 milhões e 500 mil Reais com a nova empresa.
A afirmação de que a Administração iria economizar mais de R$ 2 milhões em serviço de limpeza pública chamou a atenção do Jornal de Lavras, e a equipe de jornalismo foi em busca dos dados para elaboração de uma notícia.
Mas ao ter acesso às informações dos gastos com limpeza pública da Administração passada, gestão Marcos Cherem e Tide, o Jornal de Lavras verificou que afirmação feita pela atual Administração não condiz com a realidade: na verdade, de acordo com o que foi publicado no Diário Oficial do Município, na edição de ontem, 30 de setembro, serão gastos R$ 106 mil a mais por mês com o serviço de limpeza.
Em 2014, de janeiro a agosto, ou seja, em 8 meses, foram gastos R$ 3.947.329,46 pela gestão passada em serviço de limpeza urbana, o que corresponde a aproximadamente, R$ 494 mil por mês.
De acordo com a ratificação de dispensa de licitação publicada na edição 920 do Diário Oficial do Município, o gasto previsto com limpeza urbana com a contratação da nova empresa, a Bioesc, é de R$ 3.598.119,30, em 6 meses (contrato emergenciais são permitidos apenas por este período), o que corresponde a aproximadamente R$ 600 mil por mês. Isso é R$ 106 mil mais caro para o cidadão por mês, e R$ 636 mil mais caro ao final de 6 meses.
Os dados foram coletados do Portal da Transparência, onde os gestores públicos tem obrigação legal de publicar todos os dados financeiros da sua Administração – receitas e despesas. Ainda não foram divulgados no site da prefeitura, os itens e quantidades que fazem parte do contrato com a Bioesc, para possibilitar uma análise se eles farão o mesmo serviço que era realizado pela SHF. Assim que o contrato for divulgado, esta comparação poderá ser feita.
