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Publicada em: 14/07/2014 15:15 - Atualizada em: 14/07/2014 18:30
Paula Neto: Alemanha a grande campeã! Brasil a grande decepção
O coordenador da Equipe Futebol Emoção da Rádio Cultura de Lavras encerra sua participação no Jornal de Lavras fazendo um balanço da Copa 2014

Paula Neto, jornalista, radialista e coordenador da Equipe Futebol Emoção da Rádio Cultura. Colaborador do Jornal de Lavras neste período de Copa do Mundo

 

Final da Copa do Mundo no Brasil e para os brasileiros resta apenas dizer que foi a Copa das Copas pela sua organização; pela receptividade dos brasileiros aos que vieram; aeroportos e voos funcionando maravilhosamente; metrô ainda mais; assaltos, as drogas e assassinatos deram um tempo. Foi uma verdadeira maravilha que durou um mês. Mas será que tudo isso aconteceu ou foi escondido pela imprensa, que era comandada pela Rede Globo, que foi a detentora das imagens? Fico com esta última.

Esquecendo tudo isso, a Alemanha foi campeã de fato e de direito, porque entrou como favorita à conquista da Copa e mostrou que realmente é uma Seleção trabalhada para ganhar e não foi somente um mês que definiu uma equipe, os jogadores e seus dirigentes. Há mais de 10 anos que o trabalho iniciou e com apoio total do governo alemão. Nas duas Copas anteriores não conseguiu chegar bem, mas nesta do Brasil era o objetivo final e consequentemente o fruto maduro para a conquista. E assim foi.

A Alemanha mostrou um futebol que muitos acharam previsível, mas que somente o Brasil não achou e tomou aquela goleada homérica de 7x1 e não foi mais porque tiraram o pé. Penso que por dó da nossa (?) Seleção. Falo isso porque os placares dos jogos dos alemães foram mais agarrados, mas sempre saindo com os louros.

Quase todas as seleções jogaram contra os alemães como sendo um "time pequeno", utilizando o futebol defensivo como tática e procurando o contra-ataque como solução para o gol. Pelo menos conseguiram segurar, um pouco, a Seleção campeã. Somente, e somente só, o Brasil, que sempre acha que vai ganhar quando quiser, abriu o peito e quis mostrar um futebol que não jogou em toda a Copa. O resultado todos sabem.

Como torcedor e há muito não o sou, porque a minha opção foi ser comentarista de futebol e viver em função dele, não me permite ser tão torcedor como era nos idos passados, quando vestia literalmente a camisa brasileira. Se fosse naquela época, eu jamais e nenhum torcedor também torceria pelo sucesso da Alemanha, depois da goleada imposta ao Brasil, e, apesar dos pesares, torceria pela Argentina. Mas o que vi em mim e na grande maioria dos brasileiros, foi uma torcida pelos alemães, que deram uma aula de educação, de participação e principalmente de futebol.

A Argentina também fez uma boa Copa, mas caiu frente a poderosa Alemanha. Teve Los Hermanos as melhores chances de gol, mas não aproveitaram e pagaram por isso, quando na prorrogação, quando todos os analistas diziam que a Alemanha estava cansada e a Argentina iria decidir no preparo físico, o que vimos foi totalmente inverso. Alemanha campeã e a Argentina vice.

Depois que a "laranja mecânica", a Holanda, deu mais um banho de bola no "bagaço", o Brasil, ficou patente que o nosso futebol tem muito que aprender com os gringos. Quase todos os nossos jogadores jogam fora e vivem e convivem com o futebol moderno e quando chegam à Seleção, ou voltam, são dirigidos por treinadores ultrapassados e que ainda acham que temos e somos o melhor futebol do mundo. Ledo engano.

O quarto lugar ficou de bom tamanho pelo medíocre futebol apresentado pela nossa Seleção e com uma maioria de jogadores ainda podendo jogar a Copa da Rússia, podemos reverter este quadro hediondo que é o nosso futebol brasileiro atual. Podemos. Mas se vamos reverter é outra estória para se contar aos nossos filhos e netos.

Penso eu que a Fifa acertou na escolha do melhor goleiro: o alemão Neuer; a revelação, o francês Progba; a seleção mais disciplinada, a Colômbia; o artilheiro foi James Rodriguez, da Colômbia; mas errou feio ao escolher Messi com melhor jogador da Copa. Não foi assim, porque, pelos menos, três jogadores da Alemanha e um da Holanda, Robben, foram melhores que o Argentino. Como é este critério de escolha? Só o padrão Fifa pode dizer.

Para encerrar. Será que se o Brasil estivesse na decisão teríamos a presidente, ou presidenta como sua equipe a chamam, Dilma estaria presente? Acho que não, porque mesmo sendo um jogo de duas seleções de outros lados do mundo, ela foi vaiada na entrada, durante e depois do jogo.

Esperamos todos nós que o padrão Fifa, mas não sendo da maneira que acho que foi, escondendo as deficiências e ocorridos durante a Copa, para mostrar que as drogas, os crimes, o transporte, a saúde e principalmente a segurança são fatores positivos no Brasil e todos nós sabemos que não são.

Tentei fazer o meu melhor aqui no Jornal de Lavras, com meus comentários. Recebi vários elogios e manifestações pelo meu trabalho voluntário e que fiz com muita vontade e dedicação. Fico aqui com a minha última opinião e espero que tenha gostado.

Obrigado Jornal de Lavras pela oportunidade e fiquem com Deus.

 

Paula Neto

Coordenador da Equipe Futebol Emoção da Rádio Cultura de Lavras
paulassoneto@hotmail.com
 
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