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Publicada em: 20/06/2014 14:13 - Atualizada em: 20/06/2014 21:36
O protocolo de intenção foi assinado: Lavras terá seu primeiro parque ecológico urbano
A solenidade de assinatura do protocolo de intenção da criação do parque foi realizada esta semana

Delimitação do parque municipal

 

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Lavras deu um grande passo esta semana, com a assinatura do protocolo de intenção de seu primeiro parque ambiental na área urbana. A importância da implantação deste espaço destinado ao lazer e a manutenção da qualidade ambiental na cidade é de realimportância não apenas para Lavras, mas para toda a humanidade. Uma área verde preservada na China, por exemplo, tem reflexo em todo o mundo.

A criação do Parque Natural Municipal de Lavras tem como um dos objetivos a diminuição dos efeitos negativos produzidos pela urbanização acelerada e desordenada. As áreas verdes destinadas ao lazer e contemplação, espaços preservados dentro do perímetro urbano, contribuem para o equilíbrio entre as relações da população com seu meio ambiente.

Não há como pensar em um planeta sustentável sem iniciativas que estimulem o desenvolvimento e conservação de áreas verdes. Foi pensando assim que o prefeito Marcos Cherem apresentou o projeto de criação do primeiro parque ecológico urbano de Lavras, através da equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA). Ele terá 190 mil m2 de meio ambiente preservado na zona leste da cidade, uma das regiões que mais cresce em Lavras.

A proposta para a implantação de uma unidade de conservação do município surgiu em 2009 como projeto da Fundação Pró-Defesa Ambiental em parceria com a Universidade Federal  de Lavras (Ufla). Em 2013, na atual Administração, o projeto foi retomado e a proposta foi incluída no Plano Plurianual do governo e os estudos para a implantação do Parque Natural Municipal foram retomados numa parceira entre o Município, o Departamento de Ciências Florestais da Ufla, o Núcleo de Estudos de Unidades de Conservação da Ufla (NEUC) e a ONG Planeta Azul.

A área a ser preservada é do próprio município, a área é uma somatória de áreas remacentes de loteamentos divididas em oito frações, ela está situada entre os bairros Jardim Campestre, Morada do Sol, São Vicente e Boa Vista dentro dos critérios previstos por lei federal, que define as normas para a implantação e gestão das Unidades de Conservação no território nacional.

As áreas escolhidas para a implantação do Parque Municipal possuem uma rica diversidade de fauna e flora, onde foram identificadas, em apenas parte dos fragmentos, 25 espécies endêmicas de Mata Atlântica e quatro do Cerrado, 36 espécies de mamíferos e 71 espécies de aves típicas de ambientes florestais, inclusive com exemplares que correm o risco de extinção na região, além de anfíbios, repteis e insetos. Além da rica avifauna, a área possui dez nascentes, o que caracteriza a obrigatoriedade da conservação.

Os quase 200 mil metros quadrados do Parque Municipal dividem em oito fragmentos. Os dois primeiros estão localizados entre os bairros Jardim Campestre II e III, com uma área de 5 mil m2 e 10 mil m2, respectivamente. O terceiro é na região do Boa Vista, na antiga pedreira, hoje abandonada, e conta com 10 mil m2. O fragmento 4 possui uma área de 54 mil m2 e está localizado entre os bairros Jardim Campestre I e II, tendo uma rua que fazia parte do antigo projeto da Avenida do Contorno cortando a área. O quinto fragmento tem uma área de 52 mil m2 e situa-se entre o Jardim Campestre I e o Morada do Sol III.

Os fragmentos 6 e 7 margeiam o bairro Morada do Sol I e tem uma área de 13 mil m2 e 34 mil m2, respectivamente, enquanto o fragmento 8 é vizinho ao bairro São Vicente e conta com quase 10 mil m2, fechando os 190 mil m2 de área total do Parque Natural Municipal.

A criação do parque vai garantir a umidade relativa do ar, a presença de aves que atuam no controle das populações dos insetos, a retenção de poeira e poluentes, a absorção de água através das raízes das plantas, a valorização dos imóveis em suas áreas de abrangência e a redução de ruídos, agindo ainda como reguladora térmica e na promoção do bem estar físico e psicológico da população.

Enquanto instrumento social, o Parque Municipal terá um zoneamento que definirá as diversas utilizações da unidade, desde áreas restritas à conservação ambiental como também de lazer para a comunidade, de desenvolvimento de pesquisas na área do Meio Ambiente e de  projetos de educação ambiental junto das escolas da região (CNEC, CMEI Helena Marani e as escolas Municipais Francisco Sales e Padre Dehon), podendo atender também as demais escolas públicas e privadas da cidade.

Além disso, o Parque Municipal poderá abrigar também as sedes de entidades, instituições, ONGs e associações ligadas ao Meio Ambiente, o que fortalecerá sobremaneira o segmento de pesquisa e extensão no âmbito da preservação ambiental e do desenvolvimento sustentável.

A implantação do Parque Municipal também vai gerar divisas para o município através do repasse do ICMS Ecológico, o que seria um fator para a conservação do parque, isso sem falar no destaque positivo para Lavras, que atualmente não possui nenhuma unidade de conservação. Mesmo estando dentro do Plano Plurianual do Município, a proposta prevê que o custo de implantação, manutenção e conservação do Parque Natural Municipal conte ainda com financiamento externo, através de parcerias com a iniciativa privada, verbas parlamentares e de programas públicos, entre outras formas de financiamento, além do ICMS Ecológico.

A solenidade de assinatura do protocolo de inteção do primeiro parque urbano contou com as presenças do prefeito Marcos Cherem, do vice-prefeito Aristides Silva Filho, da secretária de Meio Ambiente, Andrea Campmany Vieira e sua equipe de trabalho; do presidente da Câmara Municipal, vereador Marcos Possato, vereadores e secretários municipais.

Também estiveram presentes o diretor da ONG Planeta Azul, Eduardo A. Pereira; o Chefe do Departamento de Ciências Florestais da Ufla, professor Marco Aurélio Fontes; os integrantes do NEUC/Ufla, os estudantes Diego Zamboni e João Marcelo Salina; o comandante da Sexta Companhia Independente de Meio Ambiente e Trânsito Rodoviário, major Ageu Evangelista; o promotor de Meio Ambiente da Comarca de Lavras, Eduardo de Paula Machado; o coordenador das promotorias de Justiça do Meio Ambiente, promotor Bergson Cardoso Guimarães; e o representante do Conselho de Meio Ambiente (CONAMA), o professor da Ufla e conselheiro municipal Silvério José Coelho. Ao final da cerimônia, o prefeito Marcos Cherem e a secretária Andrea Campmany Vieira assinaram o protocolo de intenção para a criação do Parque Natural Municipal de Lavras, o primeiro da área urbana.

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