Junior Murad, apresentador do Programa Esporte em Foco - TV Universitária. Comentarista e Coordenador da equipe de esportes - Universitária FM - 105,7
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Depois de mais uma fraca atuação da seleção brasileira, ontem, diante do México, em Fortaleza, fica a pergunta: até onde o Brasil pode chegar nesta Copa do Mundo?
A pressão de uma estreia neste tipo de competição, aliada ao fato de sermos os anfitriões do torneio já passou e de um modo geral até que nos saímos bem. Entretanto, o que constatamos diante dos mexicanos nos deixou temerosos com o que ainda há de vir pela frente até a conquista do tão sonhado hexacampeonato.
Sinceramente não concordo com o depoimento do comandante canarinho, o técnico Luiz Felipe Scolari, que afirmou que a nossa seleção jogou melhor do que na primeira partida contra a Croácia, em São Paulo. Não enxerguei essa evolução da equipe. Vi espaços perigosos entre os setores de defesa, meio campo e ataque que acabaram proporcionando aos mexicanos algumas chances de gol, principalmente em arremates da entrada da área. Outro ponto questionável foi a opção por Ramires no lugar do meia atacante Hulk. Embora o meio campo do Chelsea seja um bom jogador, gostaria de ter visto o garoto Bernard ou o apoiador Willian desde o início. Ambos são mais insinuantes, jogadores que partem pra cima do adversário.
Por falar em questionar, alguns jogadores já sentem uma certa pressão depois de duas atuações abaixo daquilo que se espera deles. Paulinho e Fred certamente podem render muito mais. Os laterais Daniel Alves e Marcelo ainda não emplacaram nesta copa o bom futebol que desempenham no Barcelona e Real Madri, respectivamente. Enfim, nossa comissão técnica terá muito trabalho para ajustar a seleção. E isso deve ser feito o mais rápido possível, uma vez que o próximo compromisso, contra Camarões, vale vaga nas oitavas-de-final. Vale lembrar que apesar de um início desastroso, a Espanha, atual campeã mundial, pode cruzar com o Brasil na próxima fase. O Chile, outrora freguês, é digno de respeito caso venha a jogar com os comandados de Felipão. Fatalmente teremos um adversário mais forte do que os que estamos enfrentando nessa fase de classificação. É verdade que com a exceção de Holanda e Alemanha, que sobraram na primeira rodada, todas as outras seleções consideradas favoritas mostraram algumas deficiências que certamente seus comandantes tentarão corrigir na sequencia da Copa do Mundo.
Por fim, espero que nossos guerreiros consigam trazer para dentro do campo o nosso 12º jogador. Até porque o Brasil ainda não incendiou o torcedor, que pode ser decisivo neste mundial, como foi na conquista da Copa das Confederações de 2013.
Assim como a maioria, sigo otimista, mas esperando cada vez mais ansioso por uma atuação convincente de uma seleção que quer chegar a conquista de mais uma Copa do Mundo de Futebol.
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