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/ Homicídio /


Publicada em: 02/06/2014 15:31 - Atualizada em: 02/06/2014 19:19
PC concluiu que foi assassinato o que aconteceu na Estrada do Madeira no sábado
Foram três homicídios em Lavras em uma semana: dois no bairro Novo Horizonte e um na Estrada do Madeira; é o 4º homicídio do ano na cidade

Bombeiros e policiais fizeram o atendimento à ocorrência na Estrada do Madeira. Foto: Elcio Simas/Corpo de Bombeiros

 

Leia também: Homem foi encontrado morto na Estrada do Madeira, a dúvida é se foi atropelamento ou homicídio

O Jornal de Lavras noticiou, no sábado, dia 31, uma informação de que um corpo de um homem havia sido encontrado às margens da rodovia que liga Lavras a Ribeirão Vermelho, a conhecida Estrada do Madeira. O corpo foi encontrado pela polícia e bombeiros, depois de denúncias via telefone. A história contada pelos envolvidos foi bastante confusa, de difícil compreensão. Eles alegaram que sofreram um acidente, que um veículo Voyage havia batido no Gol onde havia cinco ocupantes, que o Voyage fugiu e ninguém se lembrava de mais nada. O homem morto na estrada ninguém conhecia.

Bombeiros e policiais militares registraram a ocorrência e tudo foi entregue a 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (Depol), em Lavras. O delegado Jaison Stangherlin, titular da Delegacia de Homicídios, assumiu o caso ainda no sábado e em menos de 24 horas depois, o que parecia ser uma história complicadíssima, foi desvendada pelo delegado Jaison e sua equipe de investigadores. O que de fato aconteceu foi que houve um pequeno acidente entre dois veículos: o Gol, onde estavam os cinco envolvidos, e um Volkswagen Santana, onde havia quatro pessoas: uma mulher, o motorista do Santana, um menor e Anderson Pereira de Oliveira, de 24 anos.

Anderson estava em casa fazendo um churrasco junto com um amigo, a companheira e um enteado, quando todos decidiram sair para dar uma volta, às 2h da madrugada. Quando eles transitavam pela Estrada do Madeira, cruzaram com o Gol vermelho, placas LBM-5977, de Lavras, com cinco ocupantes. Ao cruzar, os carros bateram os retrovisores e o motorista do Gol, que transitava sentido contrário ao Santana, onde estava Anderson, imediatamente deu meia-volta e perseguiu o Santana. Em dado momento o Gol ultrapassou o Santana e fechou o automóvel.

Ao fechar o Santana, desceram do automóvel Gol quatro rapazes e começaram a gritar e a bater na lataria do Santana, neste momento, Anderson desceu para conversar com os rapazes agressores. Um dos ocupantes do Gol chutou fortemente o vidro da janela do motorista do Santana, com medo ele travou as portas, deu uma marcha-ré e fugiu, porém, deixou o amigo Anderson para trás.

Anderson foi então espancado por quatro, dos cinco ocupantes do Gol: quatro participaram da agressão que vitimou Anderson; o quinto ocupante que estava dentro do carro fugiu quando percebeu a reação violenta dos companheiros.

Os quatro agrediram Anderson com chutes e socos, depois, passaram com o carro Gol sobre o corpo estendido no asfalto. Após atropelarem a vítima, eles desceram do carro e arrastaram o corpo para fora da pista, neste momento passava um outro veículo e seus ocupantes viram quatro pessoas arrastando um corpo para o acostamento, eles comunicaram o fato e a placa do carro à polícia.

Enquanto a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) estava no local, uma ligação foi realizada aos Bombeiros: era uma pessoa pedindo ajuda, dizendo que havia se envolvido num acidente e que estava machucada. Ele foi o que havia chutado o vidro da porta do Santana. No momento do chute ele caiu e bateu a cabeça no asfalto, provocando ferimentos. Ferido ele procurou socorro com os bombeiros. Ele foi levado pelos Bombeiros para a Unidade Regional de Pronto Atendimento (Urpa), onde ficou internado em observação.

Com as informações dos Bombeiros e das testemunhas, a policia chegou até o proprietário do Gol. Foi a partir daí que a Polícia Civil assumiu o caso. O delegado Jaison e sua equipe de investigadores começaram a ouvir os envolvidos.

Em dado momento, o delegado foi até a Urpa para ouvir o rapaz que estava internado. O delegado disse que sabia de tudo e queria apenas a confirmação dele. O rapaz acabou contando tudo que aconteceu, falou do espancamento e de sua participação no caso. O quinto elemento, que fugiu quando teve início as agressões, também foi ouvido e ele contou que quando se afastava do local ouvia os gritos da vítima e até os barulhos das agressões.

Diante disso, os envolvidos acabaram confessando o crime, eles contaram que depois que espancaram Anderson, passaram com o Gol sobre o seu corpo, depois o retiraram da pista e foram embora. A Polícia Civil encontrou sangue embaixo do assoalho do automóvel, o que indicou que não ocorreu um atropelamento, o carro foi passado sobre o corpo em baixa velocidade. Segundo o delegado Jaison, quando ocorre um atropelamento, o corpo é arremessado para cima, teoricamente ele teria sido jogado para cima ou então para o lado e não ficaria embaixo do carro.

Os quatro homens foram detidos e levados para o Presídio Estadual de Lavras. Para a polícia, os ocupantes dos dois carros assumiram que tinham bebido antes da confusão que resultou na morte do rapaz. Dos quatro envolvidos diretamente no espancamento e morte de Anderson, dois tem passagens pela polícia por tráfico de entorpecentes e por estupro de vulnerável.

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