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Publicada em: 02/06/2014 12:41 - Atualizada em: 02/06/2014 16:55
Explosões em pedreira jogaram pedras sobre um bairro de Lavras - veja fotos
Explosões atingiram o bairro Campestre III, provocando danos materiais

Pedra de cerca de dez quilos, e muitas outras menores, foram arremessadas em casa do morador do bairro Campestre III (o isqueiro foi colocado ao lado da pedra para comparativo de tamanho). Fotos: Jornal de Lavras

 

WhatsApp do Jornal de Lavras: (35) 9925-5481

Na manhã desta segunda-feira, dia 2, às 8h, uma explosão na pedreira da concreta SN provocou uma grande confusão e correria no bairro Campestre III, isso porque pedras com mais de dez quilos foram arremessadas sobre algumas casas, provocando danos nos imóveis.

Uma das residências que foi mais atingida foi a de Jorge Vinícius da Silva, que se mudou para a nova casa na quinta-feira, dia 29. Na manhã de hoje ele estava na área de serviço da residência quando ouviu a explosão na pedreira, Jorge disse que alguns segundos depois ouviu um zumbido e quando olhou para o lado viu a chuva de pedras de granito caindo sobre sua residência, ele disse que se afastou e quase foi atingido por uma pedra com cerca de dez quilos.

A pedra que quase atingiu Jorge bateu no chão da lavanderia e arrancou algumas lajotas do piso; outra pedra um pouco menor, com cerca de cinco quilos, atingiu a parede do muro da residência, abrindo um buraco com cerca de 30 centímetros, a pedra vazou a parede e caiu numa construção ao lado. Dezenas de outras pedras menores provocaram alguns estragos no imóvel.

Outras casas foram atingidas, mas sem provocar danos. Jorge disse que nunca imaginou que isso aconteceria com ele, "estive muito perto da morte", disse.

As duas residências mais atingidas ficam na rua Curitiba, elas estão cerca de 400 metros da pedreira. Os moradores do bairro estavam revoltados e mostraram casas trincadas, que segundo eles, são decorrentes das explosões que são realizadas na pedreira.

Um representante da concreta SN, Evandro Furtado, esteve no local, ele disse que a empresa é séria, que gera empregos e tem responsabilidade. Evandro disse que a concreta SN se responsabilizará por todos os danos provocados nas residências. Sobre as trincas nas residências, Evandro disse que a empresa tem um sismógrafo através do qual são monitoradas as vibrações provocadas pelas explosões,  mas disse que, caso os moradores queiram, eles podem contratar um serviço terceirizado para este acompanhamento, a ser arcado pela SN.

Questionado sobre a possibilidade de um erro de cálculo na colocação dos explosivos, Evandro disse que isso seria impossível, que a empresa trabalha dentro das normas, mas que também desconhecia a razão dos arremessos de pedras tão grandes. Ele disse que a empresa está avaliando o que ocorreu no bairro Campestre III. Evandro falou também que os moradores devem ter paciência e esperar a apuração do problema. Ele falou que a concreta SN, proprietária da concessão da extração de pedras graníticas, tem toda a documentação em dia com os órgãos ambientais e com o Exército Brasileiro.

A Polícia Militar esteve no local e registrou boletins de ocorrências a pedido dos moradores. A Polícia Militar do Meio Ambiente também esteve no local e, segundo os policiais ambientais, na semana passada foi realizada uma vistoria da Polícia Ambiental em conjunto com o Exército Brasileiro na empresa, toda a documentação apresentada foi checada e a SN está em dia com todos os órgãos de segurança e ambientais, o que confirmou a declaração do representante da empresa, Evandro Furtado.

O representante da Defesa Civil em Lavras, Antônio Caetano, também visitou o local e realizou uma perícia, registrou com fotografias todos os danos provocados nas residências e também no asfalto do bairro, onde pedras com cerca de um quilo caíram e marcaram o asfalto, provocando pequenos orifícios. Caetano disse que vai relatar o ocorrido a Cedec (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil), em Belo Horizonte, que o mesmo relatório será enviado também ao Exército Brasileiro.

Antônio Caetano falou também que os órgãos municipais não podem fazer nada em relação ao ocorrido no bairro Campestre III e a pedreira, segundo ele, "a empresa está amparada legalmente por órgãos federais e estaduais".

Os moradores do bairro disseram que vão entrar numa ação conjunta no Ministério Público Estadual (MPE), pedido providências. "Desta vez foi apenas danos materiais, isso tem ocorrido com frequencia. Além das pedras, estamos tendo problemas com a poeira que polui o ar e à noite fica suspensa, incomodando os moradores dos bairros próximos a pedreira, sujando a casa de todo mundo", disse um dos moradores que pediu para não ser identificado por ser um funcionário público estadual.

No dia 20 de maio deste ano, explosões na pedreira provocaram uma nuvem densa de poeira que cobriu parte dos bairros próximos a ela, além de dificultar a visão de motoristas que circulavam pela Estrada do Madeira.

A nuvem de poeira que ficou pairando no ar é comum nesta época do ano, as partículas de poeira ficam suspensas no ar, leva mais tempo para dissipar, isso ocorre porque no período da tarde, quando o índice da umidade relativa do ar diminui consideravelmente, chega a registrar valores muito baixos. O ar seco e o vento calmo favorecem a formação de uma bruma formada na atmosfera por fuligens poluindo o ar.

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