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A imprensa mineira passou a dia de ontem, terça-feira, dia 6, com os olhos voltados para a cidade de Campo Belo, isso porque o médico William Salume Maia estava sentado no banco dos réus, acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais de ter provocado aborto em pelo menos três pacientes. O julgamento desta natureza é inédito na região, por isso despertou tanto interesse. O Tribunal do Júri se reuniu às 9h, as testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas e, em seguida, o réu, que negou os crimes. Em seguida ocorreram os debates.
O promotor de Justiça Carlos Eduardo Avanzi de Almeida foi taxativo e pediu a condenação do réu por provocar aborto em duas mulheres e a absolvição pelo aborto em outra. Todas elas estavam inseridas no processo, porém foram excluídas, uma vez que houve a prescrição do crime. Já a defesa do réu sustentou a tese de inexistência de materialidade e ausência de autoria em todos os delitos.
Ao final do júri, os jurados reconheceram, por maioria de votos, que todas as mulheres passaram por aborto, porém, não reconheceram o médico como o autor do crime, absolvendo o médico William Salume Maia.
De acordo com a denúncia do MP, as três mulheres que confessaram o aborto, os procedimentos foram realizados nos anos de 2005 e 2006. Os casos foram denunciados pelas duas secretárias do médico, que estranharam que as pacientes faziam no máximo duas consultas e não voltavam mais ao consultório. Segundo as investigações, os abortos aconteciam na clínica do médico e a curetagem em um hospital de Campo Belo. Ainda de acordo com as investigações, as mulheres pagaram entre R$ 800 a R$ 1 mil pelo procedimento.
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