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Publicada em: 01/05/2014 00:49 - Atualizada em: 01/05/2014 14:24
O Dia da Vitória será comemorado em Lavras no dia 8 de maio
Lavras é a única cidade brasileira que teve um filho que lutou nas duas Grandes Guerras mundiais: Diaulas de Aquilo Pádua

Imagem: Avião da Força Aérea Brasileira (FAB), em combate na Itália

 

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No dia 8 de maio comemora-se em  todo o Mundo, o Dia da Vitória, quando os aliados derrotaram a Alemanha Nazista colocando fim à Segunda Grande Guerra Mundial na Europa. Este dia ficou conhecido como VE-day (o Dia da Vitória), em analogia ao D-day (o dia D, 6 de junho de 1944, nas operações de desembarque na Normandia – França).

Um dia antes, dia 7 de maio de 1945, o exército alemão assinou a rendição incondicional em Reims, na França. Este ato foi assinado na presença de generais americanos, soviéticos e franceses, colocando fim ao Terceiro Reich de Adolf Hitler. Apesar de o tratado impor o fim das agressões apenas no dia seguinte, a notícia correu o mundo, o que obrigou os chefes de três dos quatros países aliados – Harry Truman, nos Estados Unidos, Winston Churchill, no Reino Unido, e Charles de Gaulle, na França – a anunciar oficialmente o fim dos enfrentamentos. A partir de então, o dia 8 de maio se tornou a data-símbolo da vitória sobre a Alemanha Nazista.

O secretário geral do partido comunista da União das Repúblicas Socialista Soviética, Joseph Stalin, impõe uma nova assinatura do ato de capitulação no coração da Alemanha Nazista, em Berlim, no dia 8 de maio. Os representantes dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e da União Soviética se encontram  na capital alemã pouco antes da meia-noite para a assinatura da rendição, mas já no dia 9 de maio em Moscou. Este fato explica o motivo dos russos e dos aliados orientais comemorarem no dia 9 de maio o dia da vitória.

Em compensação, o Japão continuou a combater os exércitos aliados na frente de batalha no Pacífico. O lançamento de duas bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, obrigou o país asiático a assinar sua capitulação em 2 de setembro, o que pôs fim, de fato, à Segunda Guerra Mundial.

A história do Brasil na Segunda Grande Guerra começa com a posição de neutralidade, posição assumida em 1939, na época era presidente do Brasil Getúlio Dornelles Vargas. A neutralidade acabou em 1942 quando algumas embarcações brasileiras foram atingidas e afundadas por submarinos, atribuídos aos alemães no Oceano Atlântico. A partir deste momento, Vargas fez um acordo com Roosevelt, presidente dos Estados Unidos e o Brasil entrou na guerra ao lado dos Aliados, que eram os Estados Unidos, Inglaterra, França, União Soviética, entre outros. Era importante para os Aliados que o Brasil ficasse ao lado deles, em função da posição geográfica estratégica de nosso país e de seu vasto litoral.

A participação militar brasileira foi importante na Segunda Guerra Mundial, pois somou forças na luta contra os países do Eixo: Alemanha, Japão e Itália. O Brasil enviou para a Itália, ocupada pelas forças nazistas, em julho de 1944, 25 mil militares da FEB (Força Expedicionária Brasileira), 42 pilotos e 400 homens de apoio da FAB (Força Aérea Brasileira). 

As dificuldades foram muitas, pois o clima era muito frio na região dos Montes Apeninos, além de que os soldados brasileiros não eram acostumados com relevo montanhoso. Os militares brasileiros da FEB, também conhecidos como pracinhas, conseguiram, ao lado de soldados aliados, importantes vitórias. Após duras batalhas, os militares brasileiros ajudaram na tomada de Monte Castelo, Turim, Montese e outras cidades. Apesar das vitórias, centenas de soldados brasileiros morreram em combate. Na Batalha de Monte Castelo, a mais difícil, cerca de 400 militares brasileiros foram mortos.

Três lavrenses tombaram no teatro de operações na Itália: o cabo Joaquim Severino, que foi o primeiro lavrense a derramar seu sangue em defesa da Pátria ultrajada, no dia 22 de janeiro de 1945. Depois dele foi José Antônio dos Santos, em fevereiro de 1945 e Joaquim Onílio Borges, em abril do mesmo ano.

Em homenagem aos soldados mortos no campo de batalha e aos que foram, lutaram e voltaram, no dia 27 de março de 1987, foi inaugurado na então Praça da Bandeira, hoje Leonardo Venerando, o monumento aos pracinhas lavrenses que lutaram nos campos de batalhas na Itália, durante a Segunda Grande Guerra Mundial.

Um fato curioso, que pouca gente conhece, é o caso do militar Diaulas Junqueira de Aquino Pádua, um professor nascido em 26 de junho de 1896, filho de Mário de Aquino Pádua e de Etelvina Junqueira de Aquino Pádua. O professor Diaulas foi o único lavrense que participou da Primeira Grande Guerra Mundial e o único brasileiro a participar das duas Grandes Guerras.

Na primeira Grande Guerra, o professor Diaulas foi enviado como integrante de um contingente de 31 brasileiros que acompanhou uma missão médica na França. Devido a sua participação como integrante da força de proteção a missão médica na primeira Grande Guerra e como combatente da segunda Grande Guerra, o professor Diaulas Junqueira de Aquino Pádua foi várias vezes condecorado: em 24 de março de 1944, recebeu a "Medalha da Vitória" e a "Comenda General Charles Lindgerh", em 16 de agosto de 1968, a "Medalha do Pacificador", em 20 de dezembro de 1972, a "Medalha da Vitória" e a "Cruz de Campanha", em 20 de julho de 1973, a "Ordem de Santos Dumont" e em 16 de julho de 1974, a "Ordem dos Bandeirantes" e o título de "Comendador."  

Diaulas de Aquino Pádua morreu no dia 25 de abril de 1980, em Belo Horizonte, onde foi enterrado com honras militares.

Para lembrar a data do Dia da Vitória, o Tiro de Guerra de Lavras realizará uma cerimônia ao pé do monumento aos Ex-Combatentes, na praça Leonardo Venerando. A cerimônia, que contará com as presenças de autoridades civis e militares, será realizada às 9h.

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