Quem somos
|
Arquivo
|
Anuncie
|
Contato
|
Sua página inicial


início
prêmios
lavras tem
agenda
busca


notícias /


Publicada em: 28/04/2014 07:52 - Atualizada em: 28/04/2014 15:40
PRF combate o tráfico de remédios falsificados na região de Lavras
Polícia Rodoviária Federal fecha o cerca ao tráfico, comércio e uso de medicamentos ilegais, apreensões tem acontecido na BR-381, rodovia Fernão Dias

Agente confere caixas de medicamentos falsificados apreendidos na Fernão Dias, a BR-381, na região de Lavras. Abaixo, um caminhão baú que transportava remédios falsificados

 

Presenciou algo interessante? Fotografe e envie para o Click do Leitor do Jornal de Lavras. Envie pelo WhatsApp: (35) 9925-5481, ou pelo e-mail: reportagem@jornaldelavras.com.br

Em 2000, os brasileiros foram surpreendidos com o resultado de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), a CPI dos Medicamentos, que investigou a falsificação de remédios e equipamentos médicos, presidida pelo deputado Nelson Marchezan (PSDB), Luiz Bittencourt (PMDB), Geraldo Magela (PT), Arnaldo Faria de Sá (PPB) e Ney Lopes (PFL), como relator.

Opresidente da Associação Brasileira das Redes de Farmácias (Abrafarma), Aparecido Bueno Camargo, admitiu em depoimento na CPI dos Medicamentos que há muitos remédios "BO". Questionado, na época, sobre o que significava "BO", ele respondeu meio tímido: "bom para otário". A declaração de Aparecido Camargo foi o ápice de uma história escabrosa, de desrespeito, de afronta às autoridades brasileiras.

Os medicamentos "BO" eram empurrados por balconistas às pessoas com câncer, com doenças incuráveis, eram medicamentos sem nenhum valor curativo ou paleativo, eram placebos que tinham apenas um único objetivo: vender para ganhar dinheiro. A vigilância aos laboratórios abriu caminho para outro tipo de crime: a falsificação em fabriquetas de fundo de quintal e no Paraguai. Os mais falsificados assim como as formas mais comuns de adulteração, até cinco anos atrás, predominavam no comércio ilegal psicotrópicos, opioides e estimulantes.

Atualmente, concorrem com estes os fármacos para emagrecimento, para tratamento de câncer e, principalmente, aquelas para tratamento da disfunção erétil. Os medicamentos de maior valor agregado têm sido os principais alvos dos criminosos. Segundo dados, nos últimos anos, cerca de 80% das apreensões de medicamentos falsos no Brasil foram por medicamentos para tratar a disfunção erétil e anabolizantes.

Mais recentemente, segundo o Estado de S. Paulo, a Anvisa e a Polícia Federal recolheram 316 toneladas desses medicamentos; foram 45,5 toneladas. O jornal também afirma que "a comercialização, que era feita por camelôs e via internet, agora também está migrando para farmácias e drogarias".

A maioria desses medicamentos é fabricada em países do Sudeste Asiático como a Nigéria, onde 85% dos remédios em circulação são falsos. No Brasil, oitavo mercado mundial de fármacos, estima-se que 30% da comercialização de medicamentos sejam informal, o que compreenderia a pirataria e sonegação de impostos. O valor representa em torno de 25% do movimento do mercado farmacêutico brasileiro.

Umas das barreiras que os falsificadores enfrentam hoje são os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que frequentemente abordam veículos com cargas de medicamentos falsos ou medicamentos sem nota fiscal, de origem duvidosa. Na região de Lavras, frequentemente ocorrem apreensões de medicamentos sendo transportados por criminosos ou às vezes, por motoristas que desconhecem a carga que estão transportando, são motoristas usados por criminosos.

Somente esta semana foram realizadas três apreensões de medicamentos na região, elas foram efetuadas na rodovia Fernão Dias, a BR-381, nos postos da PRF de Perdões e de Oliveira. Isso mostra que o volume de medicamentos falsificados é muito grande e que corremos o risco de nos "medicar" com placebos, pior ainda são os enfermos que não podem interromper tratamento e acabam adquirindo remédios falsos e durante o período que estão consumindo estes "medicamentos", a doença ganha estágios que comprometem a vida.

A falsificação, transporte e venda de medicamentos falsos é um crime perverso. A PRF da região de Lavras apreendeu anfetaminas, antibióticos e psicotrópicos, além do Pramil, uma versão barata, paraguaia e proibida do Viagra. Um comprimido custa R$ 3, nove vezes menos do que os R$ 110 cobrados nas farmácias pela cartela com quatro comprimidos do produto original patenteado pela centenária multinacional Pfizer. A versão paraguaia é produzida pelo laboratório Novophar, sediado em Assunção, no Paraguai, e sua comercialização está proibida no Brasil há três anos.

Para combater este crime, agentes da PRF têm se qualificado com objetivo de conhecer as falsificações e localizar este tipo de carga, os motoristas flagrados portando medicamentos proibidos são detidos e encaminhados à Polícia Judiciária para os procedimentos legais.

Numa das apreensões realizada esta semana na região de Lavras, um menor de 17 anos foi apreendido por agentes da PRF após confessar que havia comprado Pramil em Belo Horizonte, ele contou aos federais que estaria transportando para o interior de São Paulo onde venderia a idosos em Sorocaba (SP). 

Clique aqui e comente esta notícia no Facebook do Jornal de Lavras

Voltar Envie para um amigo


 www.jornaldelavras.com.br
A informação a um click de você
WhatsApp: (35) 9 9925-5481
Instagram e Facebook: @jornaldelavras