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Publicada em: 20/04/2014 20:20 - Atualizada em: 21/04/2014 14:59
Morreu em Belo Horizonte, José Gabriel dos Santos, o Gabi Santos

José Gabriel dos Santos, o jornalista Gabi Santos, em visita à redação do jornal LavrasNews. Abaixo, Gabi conversa com Henrique Alves Pinto, presidente da Associação Olímpica de Lavras e conhecedor do esporte lavrense

 

Morreu no final da noite de ontem, sábado, em Belo Horizonte, o jornalista José Gabriel dos Santos, o Gabi Santos, como era mais conhecido na imprensa mineira. O profissional, que já morou em Lavras, trabalhava no jornal Hoje em Dia há 14 anos, antes, porém, Gabi trabalhou nos extintos jornais Diário de Minas e Diário da Tarde, além das rádios Guarani e Itatiaia.

Gabi era casado com uma lavrense há 43 anos, ele deixa quatro filhas e uma neta. Gabi Santos residiu em Lavras, quando aqui fundou, no dia 14 de julho de 1999, o jornal "Sul Repórter". Além de Gabi Santos na direção, trabalhavam com ele: Raul Oliveira de Miranda, Olímpio Ribeiro Neto, o Paula Neto como é mais conhecido, Adriana Maia, Erika Viviane B. dos Santos e Joseane B. dos Santos.

De volta a Belo Horizonte, Gabi foi trabalhar no jornal Hoje em Dias, onde permaneceu até sua morte na noite de ontem. Em Belo Horizonte ele não perdeu o contato com Lavras, era um grande parceiro do Jornal de Lavras e do LavrasNews. Era um colaborador destes órgãos de imprensa.

Uma de suas reportagens naquele jornal da capital mineira e que envolveu Lavras, foi os 70 anos de Pelé, comemorados em outubro de 2010, quando o mundo do futebol estava em festa. Gabi veio a Lavras para relembrar quando o Atleta do Século, Edson Arantes do Nascimento, jogou no estádio coronel Juventino Dias, contra o Fabril Esporte Clube, na tarde de 9 de junho de 1957.

Gabi Santos fez questão de escrever também uma reportagem especial para o Jornal de Lavras e LavrasNews, na reportagem ele contou que, naquela época, o estádio estava lotado, não para ver o menino Pelé, até então desconhecido, mas para ver Jair Rosa Pinto, o "Jajá", jogador da Seleção Brasileira das copas de 50 e 54, que atuava no meio campo do "Peixe". Mas quem tomou conta do jogo acabou sendo aquele menino franzino, com menos de 17 anos, que ninguém conhecia. O Santos ganhou do Fabril por um placar elástico: 7 a 2. Pelé fez quatro gols, dois de cabeça e dois tabelando com o ponta Pepe. E foi o dono da festa.
Gabi Santos queria conversar com quem participou daquele jogo e com quem assistiu a partida, ele falou com o historiador do esporte em Lavras, Fernando Octávio de Avellar, o "Fernandinho", como é mais conhecido o professor universitário aposentado. Fernando falou com exclusividade para Gabi e disse: "o centro das atenções era o "Jajá"", relembra o ex-jogador e historiador Fernando Octávio de Avellar. "Ninguém sabia quem era Pelé, e os milhares de torcedores que foram ao jogo queriam ver o Jair da Rosa Pinto, o "Jajá", que havia jogado na seleção e na Copa do Mundo e era um dos melhores do mundo, na época. Mas aconteceu o que ninguém previa: aquele menino chamado Pelé acabou com o jogo, marcou quatro gols e fez jogadas maravilhosas. E quando o jogo acabou, todo mundo ficou surpreso por ter visto aquele jogador desconhecido, que iria se transformar no maior jogador de futebol de todos os tempos".

Gabi entrevistou também, com exclusividade para os jornais Hoje em Dia, Jornal de Lavras e LavrasNews, quem enfrentou Pelé dentro do estádio Juventino Dias: Antônio Goulart, o "Gambá", como é conhecido o ex-funcionário da Fabril Mineira, atleta e pai do Caio Márcio Goulart. "Gambá" contou ao jornalista: "não vou esquecer esse dia nunca mais", conta o ex-jogador do Fabril, Antônio Goulart, que era zagueiro e marcou Pelé. "O primeiro tempo terminou com o Santos ganhando de 2 a 1. Mas o juiz anulou um gol legítimo que fizemos e que empataria o jogo. No segundo tempo o nosso time perdeu o fôlego. Éramos jogadores amadores, não tínhamos preparo físico, e aquele menino que eu marquei desequilibrou tudo. Fez quatro dos sete gols do Santos e fez jogadas que encantaram. Mas valeu pela festa, porque todo mundo saiu satisfeito de ter visto aquele espetáculo. De certa forma, no aniversário do Pelé, eu também me sinto homenageado por ter participado daquele jogo e ter marcado aquele que iria se transformar no maior do mundo".

Sobre a morte de Gabi Santos expressaram os jornalistas Leida Reis, editora executiva do jornal Hoje em Dia; Álvaro Fraga, subeditor do jornal Estado de Minas; Renata Nunes, chefe de reportagem do jornal O Tempo; Eduardo Costa, jornalista da Rádio Itatiaia e TV Record; Marcelo Prates, editor de fotografia do Hoje em Dia, e Sidney Lopes, editor de fotografia do Estado de Minas; Leopoldo Oliveira, jornalista e amigo de Gabi.

Sobre sua morte também expressou a Polícia Militar de Minas Gerais: "A Polícia Militar e seus integrantes lamentam a morte do jornalista Gabi Santos, do Jornal Hoje em Dia, ocorrido neste sábado dia 19 de abril. Grande parceiro em coberturas policiais, o jornalista deixou registrado na imprensa mineira o seu estilo próprio, com a marca da tenacidade e do profissionalismo. A PM solidariza-se, neste momento, com familiares e amigos e deixa registrado seu sentimento de pesar."

O corpo do jornalista foi velado e enterrado neste domingo, dia 20, no cemitério Bosque da Esperança, em Belo Horizonte. Os jornalistas do jornal Hoje em Dia perderam um grande companheiro; a imprensa mineira um grande profissional e o Jornal de Lavras e LavrasNews, um grande amigo e colaborador. Que Deus, na sua infinita bondade possa confortar a família do nosso amigo e companheiro José Gabriel dos Santos, o Gabi Santos.


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