Santo e rosário quebrados foram depositados no cruzeiro do Corredor da Ponte do Funil. Fotos: Jornal de Lavras
Existem muitas pessoas supersticiosas, há superstição para todos os assuntos. Elas acreditam em tudo, mandingas, simpatias e talismãs, carregam patuás, trevos de quatro folhas na carteira, sementes de romã e outros apetrechos que acreditam que dão sorte.
Há gente que quando quer que uma visita vá embora, coloca uma vassoura de cabeça para baixo atrás da porta; guarda-chuva nunca deve ficar aberto dentro de casa: acredita-se que isso pode trazer infortúnio para a família; quando se perde algum objeto e precisa encontrá-lo, basta dar três pulinhos para São Longuinho; o canto da coruja é sinal de mal agouro; vinho derramado trás alegria; sal derramado é mal agouro, e quando for acender o fogo não se deve praguejar, isso pode chamar o demônio para ajudá-lo.
Quantos já viram alguém evitando passar debaixo de uma escada? Isso atrai má sorte. Quebrar espelho então... são sete anos de azar. Ouvir o canto da coruja em cima do telhado da casa é sinal que alguém da família vai morrer, mas para evitar isso tem uma simpatia: jogar sal no fogo e fazer caretas.
Se sua orelha esquentar de repente e ficar vermelha, é porque alguém está falando mal de você. Nesses casos dê uma mordida na gola da camisa que quem estiver falando de você vai morder a língua. Andar para trás faz a mãe morrer; deixar o chinelo virado, igualmente.
Um dos costumes mais estranhos é dar fim às imagens de santos quebradas. A reportagem do Jornal de Lavras flagrou hoje uma cena de superstição: uma pessoa parou um automóvel próximo ao cruzeiro do Corredor da Ponte e depositou no pé do símbolo sagrado para os católicos, uma imagem quebrada, em seguida, foi embora.
Os supersticiosos dizem que santo quebrado em casa atrasa a vida, e que o correto é levá-lo para um cemitério ou então, deposita-lo no pé do cruzeiro. Este é um costume muito usado até hoje, dificilmente se vê um cruzeiro sem imagens quebras.
Para a igreja católica tudo isso é crendice popular, são costumes que passam de geração para geração. No caso das imagens de santos quebradas, para a igreja, uma vez quebrada, estragada, danificada são indignas de honra e veneração. Não representam mais nem simbolizam nenhuma intermediação com o sagrado. Acabar de quebrá-las (ou destruir objetos sacros estragados) é a maneira mais respeitosa de se desfazer delas.
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