Imagem ilustrativa extraída do site akatu.org
A Universidade Federal de Lavras (Ufla), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), Instituto Brasileiro de Algodão (IBA) e a Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (FUNDECC), vai ministrar na segunda-feira, dia 31, a aula inaugural do Curso de Aperfeiçoamento de Capacitação e Transferência de Tecnologia na Cultura do Algodão, para 30 profissionais africanos dos países de Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Os africanos ganharam uma bolsa no valor de R$ 2 mil durante o período que permanecerem em Lavras, além das passagens aéreas, seguro viagem e custeio das despesas de hospedagem e alimentação. Este curso de transferência de conhecimento na cultura do algodão faz parte de uma das ações acordadas entre Brasil e Estados Unidos, relativo ao contencioso do algodão na Organização Mundial de Comércio (OMC).
O Brasil detém uma tecnologia avançada, entre outras, na cultura do algodão, e muito desta tecnologia foi desenvolvida na Universidade Federal de Lavras. A Ufla participou ativamente, na década de 70, na gestão do ex-ministro, ex-aluno, ex-professor e ex-diretor Alisson Paulinelli, do plano estratégico para desenvolver o setor agrícola, foi nesta época que surgiu a Embrapa, que desenvolveu a tecnologia da cultura do algodão no cerrado brasileiro.
O algodão é um dos mais importantes produtos agrícolas do mundo, representando uma grande parcela da economia de muitos países, gerando emprego e renda a milhares de agricultores familiares africanos.
O Brasil possui ampla e consolidada experiência no desenvolvimento e transferências de tecnologias para a cultura do algodão, além de possuir uma larga experiência em economia solidária, enquanto forma de reorganização social de várias esferas da ação humana, que tem se expandido nas últimas décadas e assumido várias formas e configurações.
A Rede Solidária do Algodão Agroecológico, por exemplo, é uma rede que atua desde a produção do algodão até a confecção e comercialização das roupas e acessórios. Ela existe no Ceará e o modelo já se expandiu para o resto do País.
São esses conhecimentos que a Universidade Federal de Lavras quer passar aos africanos dos países que vão participar do curso, são 30 profissionais, após a conclusão do curso eles serão, em seus países, responsáveis pela transferência da tecnologia que aprenderam em Lavras.
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