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Publicada em: 22/03/2014 23:19 - Atualizada em: 23/03/2014 14:48
Homenagem lembra a Coluna da Vitória ocorrida há 70 anos; Lavras estava presente
Há 70 anos, pracinhas brasileiros embarcaram para o campo de batalha na Europa. Para lembrar a data, evento reuniu veículos antigos

Veículos desfilaram na manhã de ontem pelas ruas de São João del-Rei, depois seguiram para Juiz de Fora e, amanhã, irão para o Rio de Janeiro. Foto divulgação Ângelo Ávila

 

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Para lembrar os 70 anos do embarque dos combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) para o campo de batalha em solo italiano, um evento curioso está sendo realizado desde ontem, sexta-feira, e se estenderá até amanhã, domingo, é a Coluna da Vitória 2014, que reúne veículos de colecionadores, como jipes, caminhões, caminhonetes e motocicletas usadas na Segunda Guerra Mundial, que teve início em 1939 e se estendeu até 1945.

Uma coluna de veículos saiu da porta do Batalhão do Exército em São João del-Rei na manhã de ontem, sexta-feira, dia 21. A viagem teve parada e, hoje, sábado, eles chegaram às 16h30 em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Naquela cidade a caravana ganhou mais jipes, que foram transportados de caminhão de Belo Horizonte. Amanhã eles seguem direto para o Rio de Janeiro, onde haverá solenidade no Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo.

Em 22 de agosto de 1942 foi realizado em Lavras uma grande manifestação a favor do Brasil entrar na guerra, mas o Exército Brasileiro organizou a Força Expedicionária Brasileira (FEB) e o primeiro contingente de brasileiros desembarcou na Itália em junho de 1944. Antes o país já vivia em estado de guerra e, em Lavras, os imigrantes italianos eram mal vistos.

No dia 10 de setembro de 1942, os lavrenses iniciam um grande movimento na praça Augusto Silva, foi a "Pirâmide Metálica", onde todos os lavrenses foram conclamados a doarem peças de ferro e materiais não ferrosos, que foram destinados a indústria bélica brasileira.

Um fato curioso ocorreu na época: alguém jogou na montanha de metais um cachorro morto, o que foi atribuído aos imigrantes italianos, desencadeando um movimento nacionalista anti-italianos radicados em Lavras. Muitos italianos foram presos acusados de serem quinta-coluna, uma expressão usada para se referir a grupos clandestinos que atuavam dentro de um país ou região prestes a entrar em guerra, ou já em guerra com outro, ajudando o inimigo, espionando e fazendo propaganda subversiva.

Até o governo municipal expressou seu sentimento nacionalista na época: no dia 27 de outubro de 1942 foi decretado que: "enquanto durar o estado de guerra, nenhum servidor público municipal poderá gozar férias ou licenças".

No dia 22 de janeiro de 1945, a cidade pára para chorar a morte do primeiro lavrense que tombou em combate no solo italiano. Morre heroicamente, no teatro de operações da Itália, o cabo Joaquim Severino, o primeiro lavrense a derramar seu sangue em favor da Pátria ultrajada. Em fevereiro foi a vez José Antônio dos Santos, e em abril, Joaquim Onílio Borges.

A guerra acabou em 1945, mas fatos relacionado ao teatro de operações continuaram a marcar a história de Lavras. No dia 29 de dezembro de 1965 passou por Lavras a cidadã francesa Marcitelly Doore de Var Wullien, que sofreu os horrores dos campos deconcentração nazista e que empreendia uma viagem pelo mundo em missão de paz – trabalhando por mímicas e gestos, uma vez que não falava e nem ouvia – pela confraternização de todos os povos do Universo. Dois cães pastores acompanhavam e protegiam a heroína da Segunda Guerra, Marcitelly Doore de Var Wullien.

No dia 25 de abril de 1980 morria em Belo Horizonte o professor Diaulas Junqueira de Aquino Pádua, nascido em 26 de junho de 1896, filho de Mário de Aquino Pádua e de Etelvina Junqueira de Aquino Pádua.

O professor Diaulas foi o único lavrense que participou da Primeira Guerra Mundial e o único brasileiro a participar das duas Grandes Guerras. Na Primeira Guerra, o professor Diaulas foi enviado como integrante de um contingente de 31 brasileiros que acompanhou uma missão médica na França.

Devido a sua participação como integrante da força de proteção à missão médica na primeira Grande Guerra e como combatente da segunda Grande Guerra, o professor Diaulas Junqueira de Aquino Pádua foi várias vezes condecorado: em 24 de março de 1944, recebeu a "Medalha da Vitória" e a "Comenda General Charles Lindgerh", em 16 de agosto de 1968, a "Medalha do Pacificador", em 20 de dezembro de 1972, a "Medalha da Vitória" e a "Cruz de Campanha", em 20 de julho de 1973, a "Ordem de Santos Dumont" e em 16 de julho de 1974, a "Ordem dos Bandeirantes" e o título de "Comendador".

Em 1987, no dia 27 de março, é inaugurado na então Praça da Bandeira, o Monumento aos Pracinhas Lavrenses que lutaram nos campos de batalhas na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.

No dia 9 de setembro de 1995, tem início um evento no Museu Bi Moreira, que se estendeu até o dia 17 do mesmo mês, foi a Exposição de Plastimodelismo, Aeromodelismo, Ferromodelismo e Miniaturas de Metal, em comemoração aos 50 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, o evento foi idealizado e coordenado pelo colecionador Paulo César Pomarico.  

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