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Publicada em: 19/03/2014 17:34 - Atualizada em: 20/03/2014 10:31
Ufla na comunidade: projeto incentiva o aprendizado lúdico da genética no ensino médio
A intenção é despertar alunos de escolas públicas e privadas de Lavras e região para o prazer de trabalhar com a genética, especialmente na área agrária

Foto do arquivo de Kátia Resende, extraída do site da Ufla

 

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O desenvolvimento promissor da genética, como ciência, e seus consequentes benefícios a toda a sociedade dependem de estudantes que estão hoje no ensino médio e podem se tornar os geneticistas do futuro. Tendo por motivação essa certeza, o Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas da Universidade Federal de Lavras (Ufla), em parceria com o Núcleo de Estudos em Genética e Melhoramento de Plantas (GEN/Ufla), trabalha há três anos com o projeto de extensão "Vamos aprender genética brincando?"

A intenção é despertar alunos de escolas públicas e privadas de Lavras e região para o prazer de trabalhar com a genética, especialmente na área agrária. "Assim, alguns deles, ao entrarem na universidade, podem escolher se dedicar a essa atividade, garantindo profissionais capacitados para uma área fundamental da ciência", explica o professor do Departamento de Biologia (DBI) Magno Antonio Patto Ramalho.

Em 2013 foram 12 escolas beneficiadas, com um total de quase dois mil alunos participantes. Primeiro, a equipe do projeto vai até as escolas e ministra uma palestra, com informações mais teóricas. "Mas há sempre o cuidado de expor o tema de forma agradável", pondera uma das coordenadoras do projeto e pós-doutoranda do Programa Kátia Ferreira Marques de Resende. A cada ano, a iniciativa é conduzida sob um lema, um marco que contextualiza o desenvolvimento do trabalho. Em 2013, a palestra foi impulsionada pelas informações sobre os 60 anos da descoberta da molécula de DNA. Para 2014, o intuito é desenvolver as atividades tendo como ponto de partida os 150 anos do trabalho de Gregor Mendel, considerado o "pai da genética". Num tempo de 30 a 50 minutos, os estudantes de segundo e terceiro ano do ensino médio recebem todas as informações, sempre numa época do ano em que o conteúdo pode ajudá-los na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou para outros processos de ingresso no ensino superior.

No segundo momento do trabalho, os alunos são conduzidos ao câmpus da Ufla, onde assistem a um vídeo que lhes apresenta as opções de cursos da instituição. Em seguida, no DBI, passam por estações de demonstração prática, que envolvem citologia, genética e biologia. "Além de utilizarem os microscópios, observarem cruzamentos de plantas e consolidarem os conhecimentos, eles têm a oportunidade de perceber a rotina de uma universidade e de desejar fazer parte dela", conta Kátia, enfatizando que muitos desses estudantes nunca haviam entrado na Ufla. No final, a visita, que chega a reunir cerca de 200 alunos em cada turma, transforma-se em barulho e brincadeira: divididos em equipes, eles participam de provas de perguntas e respostas, com muita interação.

Em 2013 as escolas tiveram o desafio de, após toda a programação, incentivar os alunos a produzirem réplicas da estrutura do DNA. O melhor trabalho de cada escola foi entregue ao DBI, onde professores e alunos tiveram a missão de eleger aquele de maior destaque. O aluno vencedor, da Escola Estadual Cinira de Carvalho, torceu pedaços de cipó e transformou-os nas hélices de um DNA.

Na tentativa de mensurar os resultados do projeto, em 2013 os coordenadores aplicaram um pós-teste aos alunos alguns dias depois do encerramento das atividades. Os números mostraram que 83% deles acertaram mais de 60% das perguntas feitas. Há também os resultados que não são quantitativos, mas são percebidos nos acontecimentos do dia a dia, como relata Kátia. "Ao ministrar aulas para calouros na Ufla, já encontrei uns cinco casos de alunos que dizem ter participado do projeto e hoje estão na Agronomia, na Zootecnia ou outros cursos da área". A professora de Biologia Renata Rodrigues, da Escola Estadual Azarias Ribeiro, afirma que o trabalho foi capaz de prender a atenção dos alunos e gerar interesse. "Eles chegaram a pedir a cópia da apresentação usada pela equipe durante a palestra", conta. A professora já faz planos de repetir a participação da escola em 2014.

O projeto de extensão "Vamos aprender genética brincando?" exige cerca de dois meses para preparação das atividades. A recepção dos grupos na Ufla ocorre durante um mês, sempre no período da manhã. Cada escola permanece por duas horas na instituição. "Chegamos a ter dias em que passam 400 alunos por aqui", diz Kátia. Para colocar em prática a programação, atuam no Projeto três professores, nove alunos de pós-graduação, dois alunos de pós-doutorado e cinco de graduação. As escolas interessadas em participar podem entrar em contato pelo telefone (35) 3829-1341. A proposta, este ano, é incentivar a maior participação de escolas de municípios vizinhos de Lavras.

Informações sobre a importância da genética para a sociedade podem ser encontradas na página oficial do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas da Ufla (clique aqui para acessar)

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