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Publicada em: 04/03/2014 13:53 - Atualizada em: 05/03/2014 01:00
Rapaz assalta idosa em Lavras e é espancado por um grupo de pessoas
Justiça com as próprias mãos: a que ponto chegamos? E que consequências este tipo de reação da população pode trazer? Esta questão está sendo levantada em nível nacional após os últimos acontecimentos

Assaltante que derrubou a idosa e levou sua bolsa, foi vítima de um grupo de pessoas revoltadas, ele apanhou e depois foi preso pela PM

 

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Fatos recentes acontecidos nos grandes centros abriram um debate sobre um tema polêmico: fazer justiça com as próprias mãos. O tema foi alvo de reportagens em programas de televisão, como a revista eletrônica Fantástico, da Rede Globo. Outros programas também debateram durante a semana a questão e eles foram unânimes: o país passa por este problema, um problema grave, o da deterioração do tecido social, no qual, segundo estudos, a população já não acredita mais nas leis brasileiras e já começa a reagir fazendo justiça com as próprias mãos.

Recentemente um assaltante foi capturado por populares no Rio de Janeiro, ele apanhou e foi amarrado a um poste com uma corrente de prender bicicleta, o fato ganhou a mídia nacional. Passou uma semana e isso se repetiu em Belo Horizonte, em São Paulo, no Maranhão, Brasília e novamente Rio de Janeiro. Por que esse tipo de agressão parece ter tanto respaldo popular? Segundo os estudiosos do comportamento humano, isso significa a perda da confiança na justiça. O Estado se mostra incapaz de controlar o aumento das ocorrências, já que as polícias atuam, mas não tem respaldo da justiça.

A população está assumindo um papel do Estado, isso representa um perigo muito grande para a sociedade, tanto  para aqueles que estão fazendo a justiça com as próprias mãos, que correm o risco de serem agredidos, e também há o risco de injustiças, uma vez que, no calor da revolta, alguém pode ser injustiçado e depois não tem mais como ter o erro reparado.

Ontem, segunda-feira, no final da tarde, um fato parecido aconteceu em Lavras, foi na rua Benedito Valadares, onde uma senhora idosa, de 69 anos, foi vítima de um ladrão. Ele passou por ela e depois, quando ela estava de costas para ele, ela foi surpreendida: o ladrão agarrou sua bolsa e puxou. A vítima resistiu e o ladrão foi mais agressivo e deu um solavanco jogando a senhora no chão, levando sua bolsa com dinheiro, cartões de banco, um cartão de transporte coletivo e um aparelho celular.

Os familiares da senhora agredida compareceram ao local, bem como a Polícia Militar. Os familiares se comprometeram em socorrer a senhora e a levá-la a um hospital para se tratar das escoriações provocadas pela queda, já a polícia, de posse das informações, saiu na captura do assaltante.

Não demorou muito e, à noite, os policiais foram informados que um homem com as características do marginal estava caído na rua, ele estava com a bolsa da idosa e muito machucado. Os militares foram até o local indicado por populares e encontraram o ladrão caído ao solo, ao seu lado, a bolsa da idosa, sem o dinheiro, cerca de R$ 80, e o celular.

Questionado, ele disse que um grupo de pessoas o atacou e o espancou, ele disse também que não conhecia nenhum deles. Ele confessou que havia assaltado a idosa e que por isso foi agredido. Os militares deram voz de prisão ao marginal, que foi identificado como sendo José Carlos Rodrigues Santana, 24 anos, natural de Imperatriz (MA) e residente na rua 14 de Agosto, em Lavras.

O assaltante ferido foi conduzido até a Unidade Regional de Pronto Atendimento (Urpa), onde foi atendido por um médico plantonista, medicado e depois levado para a 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (Depol), para as providências cabíveis. 

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