Manisfestantes carregaram o caixão como sinal de protesto. Fotos: Jornal de Lavras
Foi realizada no início da noite desta segunda-feira, dia 21, na rua Raul Soares, em frente ao prédio da Câmara Municipal, uma manifestação pacífica organizada por um grupo de pessoas que se sentiram ofendidas por terem, segundo eles, seus votos confiscados pela justiça, que não considerou a vontade popular e quer, ainda de acordo com eles, "fazer com que os lavrenses engulam quem a maioria rejeitou". Eles taxaram de ditadura do continuísmo imposta pela Justiça.
Cerca de 700 pessoas, de acordo com a análise prévia da Polícia Militar, se reuniu na porta do prédio do Poder Legislativo. Outro grupo se reuniu na praça Dr. Jorge e subiu em passeata pelas ruas.
Os manifestantes, com palavras de ordem, pediam para ter seus direitos respeitados. Muitas pessoas se expressaram usando o microfone do carro de som que acompanhou a manifestação. Vestidos de preto e segurando faixas e cartazes, os manifestantes carregaram um caixão, simbolizando o enterro da democracia. Títulos eleitorais foram reproduzidos em tamanho grande, eles foram rasgados e colocados dentro da "urna" funerária, que depois foi carregada por um grupo de pessoas até o plenário da Câmara Municipal, onde foi "depositada" diante dos vereadores.
Alguns vereadores passaram por momentos difíceis, uns chegaram mais cedo à Câmara para a reunião, por volta de 17h, para não poder passar entre os manifestantes, outros chegaram na hora da manifestação, alguns foram aplaudidos e outros vaiados. Quatro vereadores participaram da manifestação em defesa do voto: Marcos Possato, Sebastião dos Santos Vieira, João Paulo Felizardo e José Delfino.
A Polícia Militar acompanhou a manifestação pacífica e em nenhum momento chegou a interferir, mesmo porque não foi necessário. Os manifestantes disseram que esta é a primeira de uma série de manifestações que serão realizadas de agora para frente. Eles já anteciparam que poderão até ocupar a Prefeitura, para chamar a atenção da imprensa do Brasil para o que está acontecendo em Lavras, caso o segundo colocado nas eleições seja diplomado e empossado.
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