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Publicada em: 29/01/2014 14:09 - Atualizada em: 29/01/2014 17:35
Um lavrense que foi prefeito de BH, governador de Minas e ministro
Um notável lavrense que poucos sabem de sua história, foi governador de Minas, ministro, senador, deputado e figura marcante da história de Minas Gerais

Palácio Monroe, sede do Senado Federal no Rio de Janeiro, onde o lavrense Francisco Salles há 99 anos ocupava uma cadeira

 

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Há 99 anos assumia uma cadeira no Senado Federal,  o lavrense Francisco Antônio de Salles, na vaga aberta por ocasião do falecimento do senador Feliciano Penna. Poucos lavrenses conhecem a história deste notável político, que nasceu no dia 20 de janeiro de 1863 e faleceu no dia 16 de janeiro de 1933, no Rio de Janeiro.

Francisco Salles era filho de Firmino Antônio de Salles e Anna Candido de Salles, era advogado formado na Faculdade de São Paulo, em 1886. A casa onde nasceu ainda existe, é a sede da fazenda do Madeira. Francisco Salles foi alfabetizado pelo educador padre Américo Brasileiro. Em seguida, foi buscar, no Seminário de Mariana, os conhecimentos secundários e preparatórios, que concluiu em Ouro Preto, em 1881. Nesse mesmo ano, iniciou o curso de Direito em São Paulo. Durante o período acadêmico, Salles aderiu ao Clube Republicano Paulista, em pleno regime monárquico. Voltou a Lavras como bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais e abriu banca de advogado, dedicando-se à propaganda republicana e pronunciando conferências.

Francisco Salles entregou-se à militância partidária em 1891. Nessa época (após a Proclamação da República), exerceu o cargo de juiz municipal de Lima Duarte. As conferências de cunho político que realizava nas diversas cidades da região mostraram-lhe sua verdadeira vocação. Ele abandona a judicatura e passa a dedicar-se plenamente à política.

Foi indicado para o Congresso Constituinte mineiro. No período de 1891-1895, foi eleito deputado estadual constituinte. Terminado o mandato, assumiu a Secretaria das Finanças do governo de Bias Fortes. Nesse período, acumulou um cargo na Secretaria de Agricultura, Comércio e Obras Públicas, substituindo Francisco Sá.

No governo seguinte, permaneceu na Secretaria de Finanças até outubro de 1898. Como secretário de Finanças, Francisco Salles procurou imprimir mais rigor na elaboração do orçamento público, para evitar déficit. Ainda em 1898, foi eleito pelo Partido Republicano Mineiro (PRM) membro da Comissão Executiva que dirigia a vida política de Minas, e, durante muito tempo, sua liderança não foi contestada. Em 1899, foi eleito senador estadual da 3ª Legislatura, mas renunciou antes de tomar posse, por ter sido nomeado prefeito de Belo Horizonte, pelo então presidente do Estado, Silviano Brandão. Salles ocupou a Prefeitura entre janeiro de 1899 e setembro do mesmo ano.

Depois do seu curto mandato, foi enviado à Câmara Federal, que representava o ápice da carreira legislativa e funcionava como um "estágio" para cargos executivos. Em 1900, foi eleito deputado federal para a 4ª Legislatura. Nesse período, fez parte da Comissão do Reconhecimento de Poderes e foi líder da Bancada Mineira. Após a morte do presidente estadual Silviano Brandão, o nome de Francisco Salles foi indicado pelo PRM para substituí-lo. A indicação vingou, e Salles assumiu a Presidência de Minas. Dentro das realizações do novo presidente, está a organização do 1º Congresso Agrícola, Industrial e Comercial, em 1903. Desse congresso surgiram as diretrizes para a nova política econômica de Minas Gerais e do País, como o protecionismo, a legislação das águas, a regulamentação do aproveitamento do subsolo pelo Código de Minas, a valorização do café e a estabilização da moeda.

Logo após o mandato como presidente do Estado, Salles foi eleito senador federal: seu mandato era de 1906 a 1911. Em 1910, renunciou ao cargo para ser ministro da Fazenda, do governo de Hermes da Fonseca. Salles retornou ao Senado Federal em 1915, cumprindo seu mandato até 1923. Nesse período, foi membro das Comissões de Redação de Leis, de Saúde Pública e de Estatística e Colonização. Em conseqüência das desavenças entre sua ala (salismo) e a de Artur Bernardes (bernadismo), acabou renunciando à Presidência do partido político e à condição de membro da Comissão Executiva do PRM. Ao abandonar a política, dedicou-se às atividades agrícolas e industriais, das quais não se afastou até seu falecimento.

Apenas para registro, em 117 anos de Belo Horizonte, Lavras deu para aquela capital dois prefeitos: Francisco Salles, que foi o primeiro lavrense a ocupar a cadeira do Executivo de Belo Horizonte, o segundo foi Otacílio Negrão de Lima, que nasceu na Vila de São João Nepomuceno, na época pertencente a Lavras, hoje, cidade de Nepomuceno.

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