Vista aérea de Boa Esperança, cidade onde será instalada a usina. Foto extraída do site hotelcentralmg
Um dos maiores problemas para qualquer cidade, indiferente de seu tamanho, é o lixo gerado por seus moradores, a modernidade e o conforto são responsáveis pelo aumento do lixo em todo o mundo. Uma compra num supermercado hoje gera mais lixo que antes, quando os produtos eram vendidos a granel nos tradicionais armazéns. Os produtos são embalados individualmente e ainda são colocados em sacolas plásticas para o conforto e a comodidade dos clientes.
Em Lavras, parte do lixo produzido é recolhido pela Acamar (Associação dos Catadores de Materiais Reciclados), Lavras é uma das poucas cidades brasileiras que poderá atingir, em breve, um nível de excelência como nas cidades de Curitiba, onde todos os bairros têm a coleta seletiva. Para isso, precisa de total apoio da população: separar o lixo para que os caminhões da Acamar possam recolhê-lo em dias diferentes da coleta de lixo comum.
Se o lixo é um problema para Lavras e para todos os lugares, na cidade de Boa Esperança ele será uma solução, já que aquela cidade poderá se tornar um exemplo para todo o país. Ela vai resolver de uma vez por todas o problema do lixo, é que naquela cidade, a Furnas Centrais Elétricas vai desenvolver um grande projeto, o de construir uma usina que vai gerar energia elétrica a partir do lixo urbano. A usina vai gerar energia suficiente para atender toda a demanda da prefeitura daquela cidade, como abastecer as escolas públicas, os postos de saúde, as secretarias e outros.
O lixo recolhido na cidade passará por uma triagem, onde serão retiradas as latinhas de cerveja e refrigerante, além de ferro, depois ele será triturado, em seguida, passará por um sistema de eletroímã, que retira todo material ferroso que ainda restou – este material será comercializado na sucata. O lixo triturado é que vai ser queimado e gerar a energia elétrica através de um gás gerado pela queima.
A usina de Boa Esperança terá a capacidade de produzir 24 megawatts. Para se ter uma ideia o que representa isso, uma turbina da hidrelétrica do Funil gera no mínimo 25 megawatts.
A energia produzida na usina será distribuída na rede que atende aos prédios públicos municipais, isso representa uma economia para o município de R$ 200 mil por mês. O custo do projeto será em torno de R$ 21 milhões. A iniciativa é resultado de uma determinação que exige de empresas geradores de energia aplicar parte da receita em programas de pesquisa e desenvolvimento. A previsão é de que a usina comece a operar no segundo semestre deste ano.
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