Rosa Luto
Algumas pessoas partiram em 2013, e deixaram saudades. O ano começou com uma morte prematura, a do vice-presidente do Lavras Tênis Clube (LTC), Sérgio Wagner Alvarenga de Oliveira, o "Silu", como era mais conhecido na cidade. Também em janeiro morre Messias dos Santos Pereira, servidor do Instituto Mineiro de Agropecuária.
Este ano foi marcante também pelas mortes de três ex-secretários do ex-prefeito João Batista Soares da Silva, o primeiro deles foi o professor da Universidade Federal de Lavras (Ufla), ex-vereador e ex-secretário Municipal de Esportes Thadeu de Pádua. Outra morte sentida em fevereiro foi a de Denir Nogueira Vale, mãe do padre Neidir Antônio Nogueira Vale.
Em março morre Ubaldina Pinto dos Santos, a "Nina", aos 87 anos, ela era irmã do radialista Herculano Pinto Filho e avó do médico geriatra José Júlio, do Hospital Vaz Monteiro. Em abril morre o padre Luiz Eustáquio do Nascimento, o padre Luizinho, como era mais conhecido o padre da Matriz de São Sebastião.
No mesmo dia, dia 13 de abril, três mortes foram sentidas pelos lavrenses: Paulo Roberto de Mendonça, o Beto, como era mais conhecido. Beto tinha 59 anos, era filho de Rosa Angélico Mendonça e Paulo Mendonça, ambos falecidos. Era irmão do mecânico Sardinha.
Também no dia 13 morre o advogado Magno de Souza. Ele foi vítima de um acidente de motocicleta e estava internado na Santa Casa de Lavras há 20 dias. Magno era advogado desde 1993. A outra morte foi a do ferroviário aposentado Wanderlan Norberto, de 77 anos. Wanderlan era filho de José Norberto, também ferroviário, e Cléria Elias de Oliveira. Ele era irmão de Wander Norberto, o "Crispim" que trabalha na Cooperativa Agrícola Alto do Rio Grande.
Também em abril, deixa de existir Iracema Costa, aos 85 anos. Ela era viúva do conhecido "Nêgo Enfermeiro", e era irmã do radialista Dário Costa e do sargento reformado Antônio Costa, e tia do sargento Monteiro, do Gepmor. Dona Iracema era avó do policial Mário Lúcio, do Aeroclube de Lavras.
No dia 20 de abril morre em casa, em São Paulo, aos 100 anos, a empresária Dirce Camargo. Ela era viúva do fundador do grupo Camargo Corrêa, Sebastião Camargo, e possuidora de uma fortuna estimada em US$ 11,5 bilhões. Dirce era a proprietária da fábrica de cimento de Ijaci.
O bancário aposentado Alcides dos Santos Penoni, o "Cidinho", também faleceu em abril. Cidinho Penoni tinha 89 anos e era casado com Euzira Simioni Penoni e deixou cinco filhos: Edvaldo, Eliane, Evandro, Everton e Enise.
Abril foi triste também para os moradores de Ribeirão Vermelho, no dia 27 morre um filho ilustre daquela cidade: o médico e ex-deputado federal e ex-vereador da capital mineira José Elias Murad (PSDB); o professor Elias Murad morreu em casa aos 86 anos. Sua morte, segundo os familiares do ex-deputado, foi em decorrência de uma pneumonia. O corpo foi velado na Assembleia Legislativa.
No final de abril morre a professora universitária Janice Guedes, ela tinha 67 anos e fazia parte do corpo docente da Universidade Federal de Lavras, no Departamento de Ciência do Solo.
Em maio, no dia 9, morre aos 96 anos, a professora Belisa Paiva Romeiro, viúva de Jacy Romeiro e mãe de Ana Maria, Maria Eugênia e Júlio Cezar Romeiro.
Em junho morre, aos 47 anos, a sargento Ailma de Fátima Monteiro, ela morreu de ataque do coração. Também em junho morre Oswaldo Rezende Pereira, aos 69 anos, Vadinho, como era conhecido, morava na praça Leonardo Venerando. Ele era casado com Adélia Murad e foi secretário municipal na administração do ex-prefeito João Batista Soares da Silva.
Outra morte em junho foi a de Clarita Alves Rodrigues, de 89 anos, ela era viúva do ferroviário Boacy Rodrigues. Dona Clarita teve seis filhos: Almir Alves Rodrigues, bancário aposentado e contador da Câmara Municipal; Aloísio Alves Rodrigues, o "Peça", como é mais conhecido o empresário da "Peça Imóveis", e Amauri, já falecido. As filhas são: Alexina, Anésia e Aimê.
Em julho falece no Hospital Vaz Monteiro, onde estava internado, Ruy Mendes dos Santos, um dos responsáveis pela implantação do sistema de captação de imagens de TV em Lavras, ainda na década de 50. Ruy tinha 98 anos e deixou viúva Wanda Amâncio Bezerra Mendes, dona "Vandinha do Gammon", como é conhecida a educadora. Ele deixou três filhos: Ludmila, aeromoça da American Airline, Iracema e Alessandro Mendes dos Santos. Ruy era avô do músico Tideh, da banda Cecília Bravo.
Também em julho, morre, prematuramente, o ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Lavras Paulo Cerqueira, filho do pastor Cerqueira, da Assembleia de Deus. Paulo Cerqueira foi quem deu transparência ao Poder Legislativo de Lavras, ele foi o responsável pela implantação da TV Câmara, juntamente com o jornalista Valério de Souza, também falecido. Implantou também o site da Câmara Municipal.
No dia 24 de julho falece Ana de Lourdes Pereira, a Dona Ita, como era mais conhecida a funcionária pública aposentada. Dona Ita tinha 74 anos e era casada com Wilson Cardoso. O casal teve sete filhos: José Eustáquio Cardoso, casado com Lucíola; Maria José, casada com Tadeu; Sandra, casada com Evaldo; Maria Regina, falecida em 1986; Lúcia Mara, casada com César; Paulo Henrique, falecido em 2007, e Ana Lúcia, ex-conselheira tutelar.
Em julho morre mais um colaborador na administração do ex-prefeito João Batista Soares da Silva, foi o professor de Matemática e bancário aposentado do Banco do Brasil Victor dos Santos Vaz.
Outra morte sentida foi a de Cacilda Moreira Mesquita, viúva de Horácio Mesquita. Cacilda faleceu aos 92 anos deixando filhos e netos.
No dia 29 de julho Lavras perdeu mais que um filho, um artista, um homem que amava a natureza: José Rita de Cássia Oliveira, aos 59 anos. O artista plástico e desenhista José Rita morreu no Hospital Felício Rocho, ele aguardava um transplante de fígado, ele tinha hepatite. José Rita foi um dos pioneiros do Mountain Bike em Lavras. Foi também um dos maiores divulgadores de Carrancas, onde tinha uma casa para passar finais de semana. Ele era casado e tinha duas filhas.
Ainda em julho morre Wilson de Paula Andrade, proprietário do "Açougue do Wilson". Ele era aposentado da Caixa Econômica Estadual.
No dia primeiro de agosto morre a professora Maria Beatriz Ribeiro Bastos, a "Bia", como era mais conhecida. Maria Beatriz era casada com o Vavá da Auto Escola, ela deixou três filhos. Beatriz era professora de Língua Portuguesa e Literatura. Também em agosto deixa de existir o advogado José Eugênio Angélico, ele estava internado no Hospital Vaz Monteiro (HVM). José Eugênio tinha 64 anos e era filho de Eugênio Angélico e Margarida Angélico. Ele era irmão de Rosa Angélico Mendonça, a Rosa da Casa dos Rádios, como ela era mais conhecida na cidade. Rosa faleceu há exatamente um ano, em agosto de 2012.
No dia 22 de agosto morre Otávio Luiz Reis Filho, o "Tavinho Reis", como era mais conhecido o empresário. Otávio Reis era filho da dona Maria Reis, proprietária da Telasa, (Companhia Telefônica de Lavras), empresa que atuou na cidade nas décadas de 50 e 60. Otávio Reis tinha 73 anos, ele foi agente e um dos diretores da Panair (Pan Amercian Airways), empresa aérea fundada em 1929, depois incorporada pela Panam (Pan American World Airways), tendo suas atividades encerradas em 2005. Depois de aposentado, Otávio Reis montou, em Bom Sucesso, uma usina de álcool. Otávio deixou viúva, três filhos e, em Lavras, três irmãos: Edno Reis, o "Edinho da HR", Paulo Reis e Maria Helena dos Reis Castro, a "Maria Helena viúva do ex-prefeito Silvio de Castro". Otávio era tio do Padre Juarez de Castro.
Em setembro, aos 105 anos, morre José de Pádua Torres, um dos eleitores mais velhos de Minas Gerais. "Seu Zé da Sulamérica", como era conhecido, viveu até seus últimos momentos completamente lúcido e bem humorado. Em outubro do ano passado ele foi até a escola municipal Álvaro Botelho para votar em prefeito e vereador.
Em setembro, no dia 20 partiu para o Oriente Eterno, Everaldo Dessimoni Carregal, de 66 anos. Ele era integrante da Loja Maçônica Deus e Caridade VIIª e integrante da Sociedade São Vicente de Paulo. Everaldo deixou viúva, filhas, genros e netas.
No dia 22 de setembro morre na Unidade de tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa de Lavras, Maria José de Almeida Mazochi. Maria José deixou viúvo o advogado Itamar Mazochi.
No dia 5 de outubro morre um dos mecânicos mais conhecidos e respeitados da cidade, o "Tio Hélio da Hélio Volks", apelido que os lavrenses carinhosamente chamavam Hélio Bernardino dos Reis, o Hélio da oficina da Volks da rua Álvaro Botelho.
No dia 25 de outubro, um jovem de 19 anos morre em um acidente na BR-265. Lucas Rodarte Garcia de Souza, era filho do chefe do escritório regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Lavras, Adriano Garcia de Souza e Maria de Fátima Rodarte Garcia, ambos naturais de Campo Belo. Lucas nasceu e estudou em Lavras e fazia engenharia na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).
Depois da morte de Elias Murad, outra grande perda para Ribeirão Vermelho: morre a professora Gláucia Cunha de Abreu, ela era professora e autora do hino de Ribeirão Vermelho e do hino da escola estadual "Antônio Novais".
No dia 23 de dezembro, dois dias antes do Natal, deixa de existir João Bertoldo Santana.
Dois dias depois do Natal, morre Lenira Aparecida Gonçalves, viúva do capitão da reserva da PM e advogado Oswaldo Gonçalves. Lenira era mãe de Ted Romanel, ela era irmã da professora Dina Matarazzo.
Além desses lembrados pelo Jornal de Lavras, muitos outros deixaram saudades, e todos deixaram um legado, todos ajudaram a escrever uma página da história da cidade. Uma coisa temos certeza: eles nunca serão esquecidos.
"Só o amor cala as nossas feridas. E só o amor nos leva a crer que não importa as perdas que a vida nos impõe, devemos sempre continuar...."
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