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Publicada em: 24/05/2010 23:00 - Atualizada em: 10/06/2010 04:14
Gilberto Alves Faria será "Cidadão Lavrense"

     

        Gilberto Alves Faria receberá título de Cidadão Lavrense. Homenagem é do vereador Edson Alves de Abreu

 

O vereador Edson Alves de Abreu (foto abaixo) vai apresentar um projeto de titulo de cidadania a uma das figuras mais conhecidas de Lavras: Gilberto Alves Faria. Gilberto nasceu em Volta Redonda (RJ), mas sempre esteve ligado a Minas Gerais, já que seus pais são mineiros de cidades vizinhas a Lavras. Seu pai nasceu em São João del-Rei e sua mãe, em Nazareno.

Ao completar maioridade Gilberto ingressou no Exército Brasileiro e serviu na tropa de elite do Primeiro Batalhão, de 1968 a 1969, nos "anos de chumbo". Sobre sua passagem pelo Exército ele conta que fez ala de honra para a rainha Elizabeth Segunda, da Inglaterra, quando ela visitou o Brasil, em 1968. Falou também que fez ala de honra para dois presidentes da república: Arthur da Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici.

Ele conta também que teve passagens nada honrosas, mas que fez parte de sua vida profissional. Segundo Gilberto, quando servia o Exército foi destacado para trabalhar no presídio do quartel do Primeiro Batalhão, na rua Barão de Mesquita, no Andaraí, época que foi escalado para tomar conta de detidos, os presos políticos.

Um dos presos que ele tomou conta foi o cantor e compositor Caetano Veloso. Gilberto disse ter vergonha daquela época, quando ele e mais um policial do Exército vigiava Caetano armados de metralhadoras durante o banho de sol. "O coitado era magro, fraco e de paz, mas tínhamos que fazer aquilo, pois cumpria-mos ordens", conta ele.

Gilberto deu baixa no Exército e veio para Lavras, ingressando na Polícia Militar, época que serviu em São Lourenço, no Circuito das Águas. Nessa época ele disse que dois episódios marcaram sua vida: um foi quando fez ala para o então governador Aureliano Chaves de Mendonça, quando esteve em visita a São Lourenço, a outra, foi em Lavras, para o então ministro Delfim Neto. Ele permaneceu na PM de 1971 a 1976, quando também deu baixa para trabalhar com táxi em Lavras, até ser convidado pelo então prefeito Maurício Pádua para ser seu motorista na prefeitura. "Trabalhei para cinco prefeitos: Maurício Pádua, Toninho Marani, Dr. Célio de Oliveira, João Batista e Jussara", conta com orgulho.

Quando trabalhava para o ex-prefeito Maurício Pádua, Gilberto pediu férias e foi enviado pelo ex-prefeito para trabalhar em Belo Horizonte com o então candidato ao governo de Minas Tancredo Neves, como motorista. Ele conta com orgulho que nessa época dirigiu para Teotônio Vilela, Magalhães Pinto e Newton Cardoso. "Foi a época em que Magalhães e Tancredo fundaram o PP", conta ele.

Sobre Tancredo Neves, Gilberto disse que ficava impressionado com sua habilidade política. Ele contou que um dia foi buscá-lo no aeroporto e Tancredo disse: "Lá vem os repórteres; eu já sei até as perguntas que eles vão me fazer". Segundo Gilberto, Tancredo falou tudo e quando a imprensa chegou, parecia que era combinado. "Foi muito engraçado, queria rir, mas não podia; eles perguntavam ao doutor Tancredo tudo o que ele havia falado antes. Quando deixamos o aeroporto Tancredo simplesmente me disse: "Não falei?".

Gilberto lembrou também de um episódio marcante em sua vida, foi quando dirigiu para os príncipes Dom Luis de Orlleans e Brangaça e Dom Bertrand, quando dirigia para o ex-prefeito Célio de Oliveira.

Gilberto também militou na política. Fundou dois partidos políticos e foi suplente de vereador. Ele será agraciado com o diploma de Cidadão Honorário de Lavras. "Sempre fui um homem durão, mas a homenagem que vereador Duti está propondo tocou meu coração, confesso que quase chorei", finaliza. 

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