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Publicada em: 25/11/2013 15:08 - Atualizada em: 25/11/2013 20:14
Filme sobre São Tomé das Letras será lançado em dezembro em todo o Brasil
A história e as lendas de São Tomé das Letras serão contadas em um filme do diretor Nato Carvalho

Gruta onde, segundo a lenda, o escravo João Antão encontrou a imagem. Foto extraída do blog saothomeeedivo

 

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A mística cidade de São Tomé da Letras será tema de um filme que será lançado em dezembro em todo o país. O filme está sendo produzido pelo ator e diretor de cinema Nato Carvalho através da Fábrica de Teatro. Será um longa metragem que contará a história de São Tomé das Serras das Letras, antiga denominação daquele lugar que tem quase 300 anos.

O filme destaca as figuras de João Francisco Junqueira e seu escravo João Antão, que segundo a lenda, era maltratado pelo seu senhor. Antão se apaixonou pela filha do patrão, até que um dia ele desapareceu da fazenda Campo Alegre, da família Junqueira, e se refugiou em uma gruta no alto da serra.

Um dia, quando João Antão acordou, deparou com uma figura envolta em luz, o que acredita-se ser um jesuíta, que pediu a ele que levasse o papel até o patrão e assim seria perdoado e ganharia a liberdade. Sem vacilar o escravo levou a carta e, quando Junqueira leu, ficou impressionado com a boa caligrafia, redação e qualidade do papel, fatores inusitados naquele tempo.

Além de perdoar João Antão, o fazendeiro organizou uma visita à gruta, na esperança de encontrar o tal velho. Chegando lá, a única coisa que encontrou foi uma imagem em madeira que acreditaram ser do apóstolo Thomé. João Francisco Junqueira levou a imagem para sua casa, porém a imagem sumiu e reapareceu na gruta, e assim inúmeras vezes até que sua esposa pediu que ele construísse uma capela ao lado da gruta e lá deixasse a imagem para que todos pudessem fazer suas orações.

Assim foi feito e, em 1785, a igreja abriu suas portas. O teto daquele templo foi pintado pelo artista sanjoanense José Joaquim Natividade, o mesmo que pintou o teto da antiga Matriz de Sant'Anna, em Lavras, hoje Igreja do Rosário.

As coincidências de São Tomé das Letras e Lavras não ficam apenas na autoria da pintura dos tetos dos templos religiosos daquela cidade e da Vila de Lavras. Fatos históricos marcaram a ligação entre as cidades em 1833.

No dia 14 de maio de 1833, a Câmara da Vila de Lavras recebe um ofício do juiz de paz de Campo Belo, Manoel Joaquim Alvarez, solicitando ajuda da Guarda Nacional para sufocar uma rebelião de escravos em São Thomé da Serra das Letras, onde mataram o Juiz de Paz daquela Vila e membros da família de José Francisco Junqueira, filho do fundador daquele lugarejo.

No dia seguinte, por ordem do presidente da Câmara da Vila de Lavras, comendador José Esteves de Andrade Botelho, foram designados 44 membros da Guarda Nacional "armados com farta munição de pólvora e chumbo grosso para combater os escravos rebelados em São Thomé da Serra das Letras".

No dia 20, os membros da Guarda Nacional voltaram e relataram ao presidente da Câmara da Vila que do levante de São Thomé das Serra das Letras havia terminado com um saldo de um escravo morto, 30 presos e onze foragidos.

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