Prefeitura De Lavras
Os servidores efetivos da Prefeitura de Lavras estão correndo o risco de não receberem este mês o vale alimentação, correspondente, em média, a pouco mais de R$ 160, parece pouco, mas para quem ganha o mínimo, corresponde a um quarto do salário. A empresa responsável pelo vale venceu seu período de administração, devido a isso, a Prefeitura de Lavras abriu um novo processo licitatório.
As empresas que perderam recorreram, com isso, um novo processo, que está dentro do prazo legal de homologação, está em andamento.
Para evitar que os servidores municipais ficassem sem receber o vale, o Poder Executivo enviou ao Poder Legislativo um projeto de lei, em caráter de emergência, para a criação de uma dotação específica que autorizasse o Executivo a depositar, junto com o salário dos servidores, o valor correspondente ao vale.
Acontece que o projeto foi para a Câmara Municipal e teria, como acontece com todos os projetos que demandam custos, que passar pela Comissão de Serviços Públicos Municipais, onde os vereadores dão o parecer - favorável ou contra - para que se cumpra a lei.
Neste caso específico, por razões ainda desconhecidas, dois vereadores da comissão, José Henrique Rodrigues e Luciano de Melo, o "Tilili", não deram o parecer, com isso, o Executivo não poderá repassar o valor correspondente ao do vale para os servidores.
Diante da situação difícil dos servidores, o governo municipal então resolveu amenizar para os servidores: aqueles que ganham menos, cujo vale é extremamente importante para sobreviver com o mínimo de dignidade, o governo vai quitar a folha de pagamento com todos os salários de até R$ 2 mil, amanhã, dia 22.
A situação criada pelos vereadores deixou os servidores numa situação de desconforto, a efetiva servidora Maria Imaculada Alves, disse que realmente conta com esse dinheiro: "este vale é muito importante porque me ajuda na despesa de casa. Com esse dinheiro eu garanto boa parte dos mantimentos e assim fico mais tranquila para pagar as outras contas".
O que causou mais estranheza na atitude dos vereadores, sobretudo do vereador Luciano "Tilili", é que frequentemente ele cobra aumento para os servidores, com isso, faz um "meio-de-campo" com os funcionários, empurrando a responsabilidade para o executivo, porém, quando dependeu dele, não tratou como prioridade o caso.
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