Foto ilustrativa: Jornal de Lavras
Em maio deste ano, o vereador Marcos Possato apresentou um projeto de lei que proibia os motoristas da Autotrans exercerem também a função de cobradores, o projeto foi bem aceito pelos sindicatos das classes envolvidas e até mesmo pelos usuários dos ônibus, já que a dupla função formava filas e, enquanto não fosse efetuada a cobrança das passagens, o ônibus não seguia seu destino.
O projeto do vereador Possato se transformou em lei; foi concedido à empresa Autotrans, um prazo de 120 dias para se adaptar e o prazo venceu em setembro, mas a empresa continuou com as atividades concomitantes de motoristas e trocadores.
Como a Autotrans não cumpriu a lei, na segunda-feira, dia 30, o prefeito Marcos Cherem encaminhou uma advertência, que é previsto na lei, concedendo a empresa 48 horas, a partir do recebimento da correspondência, que foi enviada a Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), onde é a sede da Autotrans Turilesa, para que a lei seja cumprida.
Caso a Autotrans não cumpra a lei do vereador Possato, a empresa receberá a segunda penalidade: uma multa de mil UFML (Unidade Fiscal do Município de Lavras), cada UFML equivale a R$ 2,23. Caso a empresa continue a desobedecer a lei, o município emitirá uma segunda multa no valor de 500 UFML e tomará a medida mais extrema: o cancelamento da concessão.
O vereador Marcos Possato disse que a atitude da Autotrans não é apenas um desrespeito ao direito do trabalhador do transporte coletivo urbano, que foi a motivação para a elaboração dessa lei, mas para ele, também está em jogo a geração de empregos e a segurança dos usuários. "O acúmulo de função pelo motorista acarreta em um atendimento menos eficiente para crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais, além de diminuir postos de trabalho na área de transportes", disse.