A fumaça de incêndio criminoso provocou a sequência de colisões na BR-265, em Lavras, no dia 19. Foto Raphael Canestri
Nesta época do ano, uma das maiores preocupações das autoridades ambientais é com as queimada provocadas por negligência ou por criminosos. Ontem, quinta-feira, dia 22, a Sexta Companhia de Meio Ambiente e Trânsito Rodoviário distribuiu uma nota para a imprensa alertando sobre as queimadas e os prejuízos que elas causam.
Nesta época a vegetação se resseca, formando o ambiente propício às ocorrências de queimadas e incêndios florestais. Na nota da Polícia Ambiental, ela chama a atenção para os incêndios que são os maiores inimigos das florestas. Causados criminosamente ou por descuido, destroem casas, pastagens, plantações e linhas de transmissão de energia elétrica. Os malefícios atingem pessoas, vegetais e animais.
"As causas dos incêndios passam pela negligência das pontas de cigarros lançadas sem cuidado, às fogueiras mal apagadas, agricultores que fazem queimadas para preparo do solo, chegando a incendiários que provocam a situação por pura maldade", afirma a nota.
Ainda de acordo com a nota, "os prejuízos com estas práticas rudimentares são a destruição da camada mais rica do solo, perda da vegetação, animais, ninhos e abrigos, ressecamento de nascentes, erosões, poluição atmosférica e comprometimento da qualidade do ar".
A Polícia Ambiental alerta, também, que "constitui infração criar condições favoráveis à ocorrência de incêndios florestais às margens de rodovias e ferrovias, áreas de preservação permanente (APP), reserva legal, unidades de conservação e seu entorno".
As multas administrativas por queimadas variam de acordo com o dano causado. Se agravar e causar incêndios em floresta, nas matas ou qualquer outra forma de vegetação, o infrator, além de responder pelo crime e reparar o dano, está sujeito a uma multa que varia de R$ 2 mil a R$ 6 mil por hectare ou fração em área de preservação permanente ou unidade de conservação integral.
A prevenção a queimadas e incêndios florestais é o melhor recurso, podendo ocorrer com construção de aceiros, eliminação de materiais combustíveis e fogueiras em acampamentos, evitar jogar fósforos e pontas de cigarros próximos à vegetação e a criação de uma rede de vizinhos para a prevenção e combate nas comunidades rurais. "Lembre-se, para o combate às chamas, com toda a segurança, reúna a comunidade tendo em mãos enxadas, pás, abafadores e bombas costais, além dos equipamentos de segurança. O melhor momento para o combate é logo no seu início. Tome cuidado ao utilizar a técnica do "contrafogo". Ela só deve ser usada por pessoa qualificada", segundo a nota.
A Polícia Militar de Meio Ambiente finaliza a nota para a imprensa avisando que está com uma operação de prevenção e combate a queimadas e incêndios florestais em toda região e conta com o imprescindível apoio da população para combater este mal, para qualidade de vida no planeta.