Cidade Jardim, título que a Ufla poderá ajudar Belo Horizonte recuperar. Foto: PBH
A Universidade Federal de Lavras (Ufla), está realizando em Belo Horizonte, um inventário das árvores na capital mineira, um sistema de identificação compreendendo, até agora, 165 mil exemplares das regiões Leste, Oeste, Noroeste e parte da Centro-Sul. O trabalho é coordenado pelo engenheiro florestal da Ufla, professor Dimas Vital Sabioni Resck e sua equipe.
O inventário tem custo de R$ 3,5 milhões e é fruto de parceria entre a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) e Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), com execução da Ufla. O objetivo do relatório é avaliar e cadastrar as mais de 360 mil árvores existentes na capital. Dessa forma, o governo poderá antecipar possíveis quedas de árvores e adotar medidas preventivas.
Graças ao trabalho da Ufla, Belo Horizonte poderá ser chamada novamente de cidade jardim, título que a tornou conhecida em todo o país e, com o tempo, caiu no esquecimento. A estimativa é de que a capital mineira tenha quase meio milhão de árvores e não 350 mil como estimavam os técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA). Quarenta e sete por cento, ou 67,5 mil, são de grande porte, atingindo 6 metros de altura. Os dados estão no Inventário das Árvores de BH, que foi parcialmente divulgado na tarde de ontem, terça-feira.
A divulgação foi acompanhada pelo vice-prefeito de BH, Délio Malheiros, que disse ser fundamental conhecer acervo arbóreo para prevenir a contaminação de pragas e com isso, fazer um controle eficiente em todas as espécies levantadas pelos técnicos da Ufla. "O cuidado com o patrimônio verde de Belo Horizonte vai orientar cuidadosamente o planejamento do meio ambiente da nossa cidade", disse o vice-prefeito.
A estimativa é de que o trabalho seja concluído em 2015. Ontem foi catalogada, às 15h, o espécime de número 165 mil – uma quaresmeira em flor, símbolo da cidade, localizada na avenida José Oswaldo de Araújo, no bairro Santa Lúcia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.