Vereador José Márcio Faria, autor do projeto que proíbe uso de carros de som, cavaletes e pinturas em muros nas eleições em Lavras
O projeto aprovado na Câmara Municipal de Lavras na segunda-feira, de autoria do vereador José Márcio Faria (PT), que proíbe o uso de cavaletes, carros de som e pinturas em muros, já para a próxima eleição, teve repercussão nacional. A notícia foi veiculada no site do G1, do Terra e do Notícias da Cidade, sendo este último um site binacional, com notícias do Brasil e do México. Na página do Facebook do Jornal de Lavras, até às 23h30 de quarta-feira, a notícia estava com 103 compartilhamentos diretos, 144 curtidas e 51 comentários, sendo 49 amplamente favoráveis.
A aprovação do projeto contou com o apoio de 14 vereadores, sendo que 13 votaram a favor e um, o presidente da Câmara, no caso o vereador Marcos Possato, não votou, isso porque ele vota apenas em caso de empate. Possato comentou favorávelmente ao projeto do vereador petista e pediu votação única, uma valendo pelas duas, o que facilitou a aprovação.
Os três vereadores que votaram contra foram: Cleber Pevidor (PSDB), Elias Freire Filho (PMDB) e Anderson Marques (PV). Pevidor justificou seu voto contrário alegando que a Constituição Federal não restringia a propaganda volante, a pintura em muros ou o uso de cavaletes. Para ele, o projeto feria a Constituição Brasileira.
Este não é o primeiro projeto de lei votado em Lavras nas mesmas condições, o que proíbe a apresentação de circos com animais na cidade é um deles. A Constituição Federal não restringe a apresentação de espetáculos circenses com animais, mas em Lavras é proibido, em Lavras e em Goiânia, Campinas, Guarulhos, Olinda e outras centenas de cidades, além de dois estados: Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
O vereador Elias Freire Filho votou contrário ao projeto e não justificou. Anderson Marques, que é presidente do Partido Verde, votou contra o projeto que teve como justificativa a questão ambiental, da despoluição da cidade. Anderson justificou seu voto contrário de forma estranha e curiosa: "para manter minha coerência, voto contra o projeto".