Depósito da fábrica de colchões Edmil, em Eloi Mendes, foi destruído pelo fogo na noite de ontem. Foto: Eloi Mendes News
Um dos maiores depósitos de fábrica de colchões do Sul de Minas, a Edmil, com 60 lojas espalhadas pelo Sul de Minas, inclusive em Lavras, foi destruído pelo fogo que teve início no final da tarde de ontem, domingo, na cidade de Eloi Mendes. O primeiro combate às chamas foi através de um caminhão pipa da prefeitura, até a chegada dos bombeiros que foram acionados na cidade de Varginha.
A Polícia Militar enviou uma equipe para organizar o trânsito e auxiliar os bombeiros, já que o depósito é num bairro populoso de Eloi Mendes. Uma equipe de técnicos da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) também trabalhou no local para restabelecer a energia elétrica para a região central da cidade, isso porque o calor do fogo rompeu os cabos de fornecimento de distribuição de energia, deixando parte da cidade sem luz.
Em Eloi Mendes, o serviço de captação e tratamento de água é realizado pelo SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) e naquela cidade a estação de tratamento de água está passando por reforma e a falta de água foi um grande problema no combate às chamas.
Uma retroescavadeira foi usada para derrubar as paredes do galpão para que os bombeiros tivessem acesso ao local. Duas casas ao lado foram afetadas e, segundo o Corpo de Bombeiros, nove pessoas ficaram desalojadas, sendo que uma família foi acolhida pela prefeitura e encaminhada para um hotel e outro grupo foi para casa de parentes. Uma vistoria está marcada para ser realizada hoje, segunda-feira, com bombeiros e engenheiros da prefeitura. Eles vão avaliar risco de desabamento e verificar se é possível permitir o retorno dos moradores.
O depósito fica no bairro Vila Freitas, onde também está a fábrica. A sede não foi atingida porque o galpão, de 500 metros quadrados, fica do outro lado da rua. A garagem de caminhões da empresa também ficou sob risco durante o incêndio, mas os bombeiros conseguiram isolar o fogo. Os bombeiros deram por encerrado o trabalho por volta de 0h com o acompanhamento dos donos da fábrica. Eles usaram cerca de 40 mil litros de água para controle das chamas e rescaldos.
Cerca de 700 conjuntos de estofados e quatro mil colchões foram destruídos. A perícia da Polícia Civil foi acionada e deve comparecer nesta segunda-feira ao local para avaliar as causas do incêndio e apurar se foi criminoso ou acidental.
