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Publicada em: 19/07/2013 14:34 - Atualizada em: 20/07/2013 09:02
Cemig distribuiu nota com números assustadores de acidentes envolvendo pipas em MG
Em apenas seis meses, a Cemig registrou ocorrências com pipas que deixaram mais de 500 mil consumidores sem energia em 2013

Imagem ilustrativa extraída do site vejanoticias com

 

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Uma brincadeira de criança tem causado grandes prejuízos e colocando em risco vidas humanas, a brincadeira de soltar pipa é muito popular no Brasil, mas os números da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) de janeiro a junho deste ano mostram que essa prática é lesiva à população. Para levar ao conhecimento das pessoas, a Cemig emitiu uma nota para a imprensa na qual informa que a brincadeira foi responsável por 1.739 ocorrências de interrupção do fornecimento de energia elétrica, prejudicando 533 mil consumidores.

Nos 17 primeiros dias de julho, outros 153 mil clientes ficaram sem luz devido a 488 interrupções por esta causa. Destes, mais de 60 mil foram na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No primeiro semestre, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), foram registrados 829 desligamentos provocados por pipas na rede elétrica.

O cerol, uma mistura cortante feita com cola, vidro moído e restos de materiais condutores, é um dos principais causadores dos desligamentos, pois geralmente causam o rompimento dos cabos de energia quando entram em contato com a rede elétrica. Além disso, muitos curtos circuitos são provocados pela tentativa de retirada de papagaios presos aos cabos.

De acordo com o engenheiro de tecnologia e normalização Demétrio Venício Aguiar, da Cemig, uma novidade que surgiu recentemente, e que vem agravar os problemas e os riscos é a "linha chilena",  tipo de cabo cortante feito em escala industrial, portanto mais refinado e com materiais mais abrasivos do que o cerol.

"Esse tipo de linha é muito mais cortante do que o cerol comum, e infelizmente é possível adquirir este material de origem estrangeira pelo mercado paralelo e até pela internet", diz o engenheiro.

Além dos prejuízos causados pela falta de energia, a Cemig também alerta para os riscos à segurança que a soltura de pipas pode trazer quando praticada próxima à rede elétrica. No ano passado, foi registrado um acidente fatal com pipa em Minas Gerais. Já em 2011, a Cemig registrou dois acidentes com vítimas de ferimentos causados por papagaios. E, no ano anterior, 2010, também foram dois registros, sendo que uma das vítimas morreu.

Demétrio Aguiar conta que a maioria dos acidentes acontece quando o papagaio fica preso na rede elétrica e as crianças tentam retirá-lo utilizando materiais condutores, como pedaços de madeira ou barras metálicas. O contato com a rede elétrica pode ser fatal, além do risco de queda em função do impacto causado pelo choque elétrico. Nesses casos, as consequências mais comuns são traumatismos causados pelas quedas e queimaduras graves causadas por choques.

Além disso, muitas crianças amarram as pipas com arames e fios. "São materiais altamente condutores de energia e acabam sendo energizados quando tocam os cabos de energia", explica Demétrio Aguiar. O engenheiro chama a atenção ainda para o uso do cerol que pode transformar uma simples linha de papagaio em um material condutor e provocar choque elétrico ao entrar em contato com a rede.

No ano passado, mais de 2,7 milhões de consumidores em todo o Estado foram prejudicados com desligamentos causados por papagaios presos nas linhas de distribuição. Durante o ano foram registradas 5.019 interrupções no fornecimento de energia provocadas por pipas, representando 1,5% do total.

Mais da metade dos desligamentos (3.064) ocorreram exatamente durante o inverno, entre junho e setembro, atingindo 1.558 mil consumidores. Em 2012, o maior número de interrupções causadas por papagaios na rede elétrica, 2.211 ocorrências, aconteceu na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

 

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