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Publicada em: 09/07/2013 23:20 - Atualizada em: 10/07/2013 10:10
A Revolução Constitucionalista e fragmentos da história de Lavras
A Revolução Constitucionalista de 1932 aconteceu em São Paulo e foi uma insurreição contrária ao novo quadro político que se instaurou no país após a Revolução de 30, brasileiros combateram brasileiros

Quatro estudantes são mortos em São Paulo no dia 23 de maio de 1932, são eles: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (MMDC) iniciais que estampou a bandeira da Revolução de 32. Foto do cartaz da Revolução

 

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Hoje, dia 9 de julho, é feriado em São Paulo, isso porque é aniversário da Revolução Constitucionalistade 1932, um movimento armado ocorrido no Estado de São Paulo, entre os meses de julho e outubro de 1932, que tinha por objetivo a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil.

Foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, a qual acabou com a autonomia de que os estados gozavam durante a vigência da Constituição de 1891. A Revolução de 1930 impediu a posse do ex-presidente (atualmente denomina-se governador) do estado de São Paulo, Júlio Prestes, na presidência da República e derrubou do poder o presidente da república Washington Luís  colocando fim à República Velha, invalidando a Constituição de 1891 e instaurando o Governo Provisório, chefiado pelo candidato derrotado das eleições de 1930, Getúlio Vargas.

O dia 9 de julho, que marca o início da Revolução de 1932, é feriado estadual em São Paulo, os paulistas consideram a Revolução de 1932 como sendo o maior movimento cívico de sua história.

Pouca gente sabe, mas o 8º Batalhão foi transferido de Belo Horizonte para Lavras por causa da Revolução de 32.  No dia 11 de julho de 1932 o comando do 8º Batalhão, que na época se chamava 8º Batalhão de Caçadores Mineiros, foi assumido pelo coronel Fulgêncio de Souza Santos, herói tombado no setor do Túnel em Passa Quatro por uma bala inimiga, no dia 13 de julho do mesmo ano, dois dias depois de ter sido empossado no cargo. Um fato curioso: o coronel Fulgêncio nunca conheceu Lavras.

A história de Lavras tem alguns registros referentes a Revolução Constitucionalista, são fragmentos interessantes, como um encontrado nos arquivos da Prefeitura de Lavras datado de 29 de agosto de 1932, quando o prefeito de Varginha, José Augusto Paiva, solicita do prefeito de Lavras, Manoel Augusto Silva, um empréstimo de oito tambores de gasolina para suprir as necessidades daquela cidade por um período de trinta dias. A falta do produto naquela progressista cidade, deveu-se ao constante abastecimento dos caminhões que serviam à Revolução de 32. O Prefeito de Lavras autorizou o empréstimo, sendo 6 tambores adquiridos de Simão Kalil e 2 de João Arbex.

Outro registro interessante foi um comunicado do secretário Carlos Prates datado de 20 de maio de 1933, nele o Secretário comunica através do ofício 12.433, que a Secretaria de Estado dos Negócios do Interior, liberou a quantia de 325 mil réis em favor da firma Botelho & Cia. Ltda., de Lavras, pelo aluguel de um caminhão marca "Rugby" que foi requisitado pelo Governo do Estado durante a Revolução de 9 de Julho, para transporte de tropas, armamentos, feridos e suprimentos para os soldados.

No dia 30 de julho de 1934 é celebrada na Matriz de Sant'Anna uma missa solene em memória do coronel Fulgêncio de Souza Santos e seus intrépidos companheiros mortos no setor do "Túnel", em Passa Quatro, na revolução de 1932.

Lavras viveu um dia de comoção, foi dia 23 de outubro de 1936, quando foi transladado para Belo Horizonte os restos mortais dos soldados tombados durante o Revolução de 1932 e que estavam depositados em 22 urnas guardadas dentro da igreja do Rosário.

Neste dia foi decretado feriado municipal e uma missa solene foi celebrada pelo descanso das almas dos soldados mineiros mortos em combate na serra da Mantiqueira. Um cortejo foi preparado para levar as urnas até a Estação da Oeste, com um acompanhamento de várias autoridades e os estabelecimentos de ensino de Lavras se fizeram representar em toda a cerimônia fúnebre.

 

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