Manifestações começaram em São Paulo e ganharam o país. Foto extraída do site Quintal da Notícia
A notícia sobre o movimento que vai acontecer em Lavras na quinta-feira, divulgado pelo Jornal de Lavras, provocou manifestações dos leitores do jornal através de e-mails e Facebook, eles estão sugerindo que sejam incluídos na pauta de cobrança das autoridades as tarifas da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) e a redução da maioridade penal.
Objetivo dos leitores é mostrar apoio aos protestos realizados em todo o país nas últimas semanas. Entre as frases de protesto sugeridas, uma é bastante emblemática: "Desculpe o transtorno, estamos mudando o país". As manifestações que tem como objetivo principal a moralização do Brasil já ganhou a dimensão dos "caras pintadas", que levou o ex-presidente Fernando Collor de Mello ao impeachment e já é comparado ao movimento das Diretas Já.
A onda de protestos teve início em São Paulo, onde o motivo inicial foi o aumento das tarifas do transporte coletivo, passando de R$ 3 para R$ 3,20. Rapidamente as manifestações se espalharam para outras cidades, principalmente depois das ações violentas promovidas pela tropa de choque da polícia paulista contra os manifestantes. Os gastos com a Copa das Confederações e a Copa do Mundo também se tornaram alvo dos protestos, bem como as deficiências em áreas como saúde e educação.
Um fato marcante nestas manifestações é a ausência de políticos, de bandeiras de partidos e camisetas, isso porque, segundo os manifestantes de todo o país, a inadimplência das lideranças políticas não distingue partidos, para os organizadores o Brasil vive hoje um apagão de lideranças políticas. Um exemplo claro da falta de paciência do povo brasileiro é que em São Paulo o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) foram rechaçados pela população. Em Minas o apoio do pré-candidato Aécio Neves (PSDB) foi também rejeitado pelos organizadores do movimento, "este é um movimento do povo e o alvo principal são os políticos que tiveram oportunidade de fazer algum coisa e não fizeram, chega de demagogia", expressou um dos manifestantes em Belo Horizonte.