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Publicada em: 13/06/2013 14:39 - Atualizada em: 13/06/2013 18:52
Clube da Ópera vai resgatar um capítulo da história de Lavras
Lavras vai recuperar amanhã uma parte de sua história com a inauguração do Clube da Ópera

Cena de Aída, apresentada em Porto Alegre. Foto: Casa da Ópera

 

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Lavras vai ganhar amanhã, sexta-feira, dia 14, um clube voltado para aqueles que gostam de ópera, é o Clube da Ópera, que será inaugurado às 20h na Casa Rosada. A inauguração do Clube da Ópera vai além de um evento social e cultural, é o resgate de uma parte da história de Lavras. Os lavrenses recebiam, no passado, grandes companhias italianas de ópera, isso porque os lavrenses sempre gostaram deste gênero artístico teatral, uma mistura de teatro e música. 

O Theatro Municipal de Lavras, quando foi reinaugurado no dia 15 de fevereiro de 1917, foi com a apresentação de uma ópera. O pomposo teatro recebeu a Companhia Lírica Rotoli Billoro com a apresentação da ópera Aída, pela Companhia Lírica Rotoli-Billoro, de Luigi Billoroe Donato Rotoli, companhia acostumada a se apresentar em grandes e pomposos teatros em todo o Brasil e no exterior.

Aquela foi uma noite de gala para a sociedade lavrense, não só pela reforma do teatro, que era uma réplica fiel do Scala de Milão, mas também pela apresentação da Companhia Lírica, já que foi a primeira vez que se apresentava uma ópera no interior de Minas Gerais.

Depois dela, outras companhias fizeram temporadas em Lavras, uma delas foi a "Companhia Lyrica Citta di Roma", que apresentou a grandiosa  ópera "Traviata", de Verdi, no dia 5 de junho de 1920. No outro dia, a Companhia apresentou a ópera "Pagliacci", de Leoncavallo. No dia 9 do mesmo mês, "La Bohème." Todas as apresentações foram com casa cheia.

Outro grande nome que também se apresentou em Lavras foi Raffaele Attilio Amedeo Schipa, o "Tito Schipa", um dos maiores tenores líricos do mundo, considerado por muitos um dos maiores e mais importantes do século XX, no mesmo patamar de Luciano Pavarotti. Tito Schipa, que morreu em 1965 em Nova Iorque, onde morava, se apresentou em Lavras no dia 12 de junho de 1954.

Muitos lavrenses também se apresentaram no Theatro  Municipal, muitos amantes da ópera, entre eles Ary Ferreira Murad, um amante das artes cênicas e da ópera. Ary era tenor e defensor do Theatro Municipal. Ele morreu no dia 20 de janeiro de 1984. Outro lavrense amante da ópera foi Vicente Sérgio Mazzochi, que morreu aos 55 anos em Cavazalle, Vicenza, Itália, no dia primeiro de julho de 1997. Sérgio era filho de Vitorino Mazzochi e da professora de música Martha Godinho Mazzochi.

A ópera voltou aos palcos de Lavras no dia 11 de maio de 1985, no auditório Lane-Morton, no Instituto Gammon, a ópera em dois atos: "L'Elisir D'Amore" de Caetano Donizetti, com a participação dos cantores do Teatro Lírico "Mário de Bruno", do Rio de Janeiro e dos cantores de Lavras, Hugo Mazochi e Delva Emerich de Oliveira.

Também em 1985, no dia 19 de outubro, o jornal "Estado de Minas" estampou uma grande reportagem sobre Lavras, com o título "A história da ópera em Minas começou com Aída, em Lavras", o jornal narra os tempos áureos do Theatro Municipal, quando aqui eram encenadas grandes peças teatrais e companhias líricas de renome internacional, que faziam temporadas de meses em nossa cidade.

O clube da Ópera, que será inaugurado amanhã na Casa Rosada, é uma iniciativa da Associação para promoção de Arte e Cultura (Aproac), com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura.

 

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