Deputado lavrense Fábio Cherem
Na sexta-feira, dia 22, o jornal Estado de Minas publicou a notícia intitulada "Deputado emprega vereadores" trazendo a informação de que o deputado estadual Fábio Cherem empregava em seu gabinete na Assembleia Legislativa, dois vereadores da Câmara de Lavras. Esta matéria foi publicada sem que os argumentos do deputado e vereadores fossem ouvidos.
Ontem, sábado, outra matéria foi elaborada e publicada, desta vez contendo a explanação do deputado lavrense e, nela, ele afirmou que contratar vereadores nos gabinetes é prática comum entre os parlamentares: "todos os deputados têm assessores que são vereadores. Se você pegar lá, dos 77, 50 tem vereador como assessor. Aqui eu tenho no escritório parlamentar em Lavras e eles fazem um excelente trabalho para as escolas, para os asilos. É totalmente injustificado esse destaque para uma coisa que é legítima", justificou Cherem.
Sobre a contratação do presidente da Câmara Marcos Possato como supervisor de gabinete II e o vereador Anderson Marques como supervisor de gabinete I, o parlamentar lavrense informou que os dois tem jornadas de quatro horas diárias no seu escritório em Lavras.
O deputado explicou que o horário de trabalho dos vereadores é compatível, já que as sessões da Câmara Municipal ocorrem às segundas-feiras à noite. Ele justificou a escolha alegando que eles prestam ótimos serviços e já garantiram várias emendas parlamentares para beneficiar escolas, creches, hospitais e outras entidades da cidade.
O primeiro secretário da Assembleia, deputado Dilzon Melo (PTB), também falou ao Estado de Minas sobre o assunto. Ele admitiu as contratações de vereadores por gabinetes de deputados. Ele disse que o regimento não tinha impedimentos. A Constituição federal também permite que vereadores tenham outros empregos, desde que o horário seja compatível com a função parlamentar.
Após a discussão deste tema por parte do jornal estadual, foi anunciada na sexta-feira, pelo presidente da Assembleia legislativa, Dinis Pinheiro (PSDB) a decisão de proibir a contratação de vereadores nos gabinetes. Até esta decisão, então, não havia impedimentos.