Praiinha, onde o rapaz nadava quando morreu afogado. Foto: Jornal de Lavras
Em menos de dois meses, o Corpo de Bombeiros de Lavras registrou ontem, domingo, dia 19, a oitava ocorrência de afogamento na sua área de abrangência. Um rapaz de 22 anos morreu afogado na tarde de ontem quando nadava no local conhecido como "Praiinha", abaixo da represa da Hidrelétrica do Funil.
Testemunhas disseram que, por volta de 16h, o rapaz nadava no rio Grande quando foi surpreendido com a correnteza que o arrastou para baixo, por causa de um fenômeno conhecido como refluxo, quando o movimento das águas formam uma corrente de retorno, que variam em tamanho, largura, profundidade, forma, velocidade e potência.
Elas são formadas, geralmente, da seguinte maneira: quando as águas formam uma onda, elas empurram a água acima do nível médio do rio. Uma vez que a energia da água é despendida, a água que ultrapassou aquele nível médio é empurrada de volta pela força da gravidade. Quando ela é empurrada de volta, contudo, mais ondas podem continuar a empurrar mais água acima daquele nível médio, criando o efeito de uma barreira transitória.
A água de retorno continua a ser empurrada pela gravidade, e procura o caminho de menor resistência. Este fenômeno é formado por um canal submerso de areia ou pedras, em cachoeira, por exemplo. Como a água de retorno se concentra nesse canal, ela se torna uma corrente movendo-se para o fundo. Um corpo pode ficar girando durante horas e até dias, até dissipar o refluxo.
O Corpo de Bombeiros iniciou ontem mesmo a procura pelo corpo, na manhã de hoje a equipe de resgate voltou ao local onde o rapaz desapareceu e reiniciou as buscas.