Cena da reconstituição: menor mostra como matou Camila
Chegou ao fim na tarde desta quinta-feira o mistério que envolvia a morte de uma menina de apenas 5 anos, Camila Graziele dos Santos Vitoriano, assassinada com doze facadas, traumatismo craniano e hemorragia interna. Camila estava desaparecida desde às 12h do dia 16 de outubro e encontrada morta cerca de 800 metros de onde morava seis dias depois, no dia 22.
O corpo, apesar do tempo - seis dias - ainda não tinha entrado no processo de decomposição devido ao local em que foi deixado: numa várzea úmida e sombreada, além disso o corpo estava entro de sacos de ráfia, ventilado e sem contato com animais ou insetos. À noite, segundo a perícia realizada no dia em que a menina foi encontrada, a temperatura do local chegava próximo de zero grau.
O mistério da morte da menina e a comoção dos moradores de Bom Sucesso, geraram uma série de comentários nas redes sociais, porém, todos eles foram desmentidos pelo delegado Emílio de Oliveira e Silva, que comandou as investigações até a identificação do assassino, o que ocorreu na madrugada de hoje, quando chegaram os resultados dos exames solicitados aos laboratórios da Polícia Técnica e Científica, em Belo Horizonte.
Com os resultados dos exames nas mãos, o delegado reuniu sua equipe de investigadores e prendeu, na manhã de hoje, um menor de 17 anos. Ele foi trazido para a 1ª Delegacia Regional de Segurança Pública em Lavras, onde não teve outra alternativa a não ser confessar o crime, diante das provas que o delegado reuniu contra ele.
Na coletiva concedida à imprensa, ainda no destacamento da Polícia Militar, em Bom Sucesso, logo que terminou a reconstituição do crime e a retirada do assassino da cidade, por questão de segurança, o delegado Emílio de Oliveira e Silva explicou como chegou até o assassino. Segundo ele, os exames de DNA foram fundamentais. Amostras colhidas no corpo da menina e a saliva do suspeito confirmaram o que o delegado já suspeitava, que seria o rapaz, já que ele apresentava uma certa preocupação quando era ouvido na delegacia.
Segundo o delegado, não foi apenas o rapaz ouvido, mas todos os vizinhos da menina. A coletiva participaram o delegado Emílio de Oliveira e Silva e o comandante do 8º Batalhão, coronel Antônio Claret dos Santos. Os dois representantes das forças de segurança que trabalharam no caso Camila, responderam todos os questionamentos dos jornalistas, e contaram detalhes da reconstituição que não pôde ser acompanhada pela imprensa, devido ao número de profissionais que acompanharam o caso.
O delegado responsável pelo caso Camila terminou a coletiva com a seguinte frase: "Para a polícia o caso está encerrado".
A imprensa não pôde acompanhar de perto a reconstituição, mas a reportagem do Jornal de Lavras registrou toda a movimentação na cidade. O Jornal de Lavras também teve acesso a três fotografias do menor reconstituindo como matou a menina Camila.
Clique nas miniaturas para ver as fotos em tamanho real.
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